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Estado de Minas POLÍTICA

Câmara de BH aprova moção de repúdio ao Especial de Natal do Porta dos Fundos

Vereadores contrários defenderam liberdade de expressão e compararam a proibição ao fascismo


postado em 12/02/2020 17:50 / atualizado em 12/02/2020 18:07

Câmara de Belo Horizonte aprova moção de repúdio ao Especial de Natal do Porta dos Fundos(foto: Karoline Barreto/ CMBH)
Câmara de Belo Horizonte aprova moção de repúdio ao Especial de Natal do Porta dos Fundos (foto: Karoline Barreto/ CMBH)
A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou moção de repúdio à plataforma de filmes e séries Netflix pela exibição do “Especial de Natal do Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”, submetida a julgamento do plenário nessa terça-feira (11). A votação aconteceu depois do pedido de impugnação apresentado pelo vereador Pedro Patrus (PT). Somente cinco dos vereadores presentes na sessão foram contrários à moção.

A proposta de repúdio já havia sido assinada por 20 dos 41 vereadores, todos da Frente Parlamentar Cristã, no final de 2019. Para eles, o curta representa um “desrespeito inadmissível” à religião da maioria dos brasileiros. “Apresenta Nosso Senhor Jesus Cristo como homossexual e zomba de seu nascimento virginal”, diz trecho do texto.

Na justificativa do pedido de impugnação, Patrus argumentou que a liberdade de expressão não pode ser submetida a restrições que não encontrem amparo constitucional. Ele comparou essas restrições às “oriundas do fundamentalismo religioso, da intolerância e do autoritarismo”.

Para Cida Falabella (Psol), também contrária à moção, é importante compreender as linguagens que compõem a arte, o cinema e o humor. Segundo a vereadora, é preciso tomar cuidado com o que se proíbe, já que isso se aproxima da censura, visto que nela “a gente começa proibindo filmes, rasgando livros e depois termina queimando pessoas, assim como no fascismo”, completou.

A reunião ordinária teve duração de 3 horas e 7 minutos, sendo que a discussão em torno do repúdio durou 53 minutos. O vereador Autair Gomes (PSC), autor da moção, disse que o debate sobre a proposta, não ocupava o tempo de pautas mais importantes, visto que todos os projetos do dia haviam sido pautados. “Com a moção, estou defendendo a fé cristã, que foi ultrajada pelo grupo de teatro”, posicionou-se.


*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz


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