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Estado de Minas GOVERNO

Bolsonaro e ministro da Educação veem 'doutrinação' em concursos

Presidente Jair Bolsonaro reproduz nas redes sociais vídeo em que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que exames públicos selecionam 'pessoas com viés de esquerda'


13/01/2020 04:00 - atualizado 13/01/2020 09:26

Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub: o presidente da República endossa as declarações do titular da pasta da Educação, mesmo sem provas (foto: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)
Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub: o presidente da República endossa as declarações do titular da pasta da Educação, mesmo sem provas (foto: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)
Os concursos são os mais novos alvos do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O chefe do Executivo publicou vídeo em suas redes sociais em que o titular da pasta diz que os concursos públicos no Brasil estão selecionando pessoas com viés político de esquerda. “Entre na internet e veja como foi o último concurso público da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Se você ver, é um concurso que (sic) tem praticamente nada de matemática e está lá falando governo estadounidense. Então você, na seleção, já seleciona pessoas com viés de esquerda nos concursos, como é o Enem", afirma Abraham Weintraub.

Ao reproduzir o vídeo do ministro, Jair Bolsonaro escreveu: "Doutrinação e mentiras até nos concursos. Caso fosse perguntado numa prova: após a saída de João Goulart, em 1964, quem assumiu a Presidência da República? Qual sua resposta?". Ele se referiu ao presidente deposto pela ditadura militar em 1964. João Goulart era vice e assumiu a Presidência em 1961, quando Jânio Quadros renunciou.

Weintraub afirma no vídeo que a suposta doutrinação nos concursos públicos vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), mas não apresenta no vídeo de um minuto duração provas que endossem suas acusações. "Veja, isso começou com o Fernando Henrique. A gente não está falando de 16 anos de PT, a gente está falando mais de um quarto de século. De continuamente uma doutrinação que começa de uma forma suave e gradualmente você vai começando a achar o errado normal. E de repente você tem que achar o errado bonito. É disso que a gente está falando", disse.

No vídeo, ele chama a sua pasta de “colosso' e afirma que o Ministério da Educação concentra 300 mil dos 600 mil funcionários do governo federal. "Esse corpo aqui está cheio de pessoas que prestaram concurso público. É importante que seja dito como são esses concursos públicos", disse. Recentemente, o ministro acusou as universidades públicas de admitirem o plantio de maconhas nos câmpus, mas também não apresentou provas.

Ainda ontem, Jair Bolsonaro postou publicação com ironia sobre matéria da revista Época. “Planalto gastará R$ 343 mil com pneus de carros de Bolsonaro, Mourão e ministros. Presidência prevê a compra de 473 pneus”, diz a reportagem. Bolsonaro reproduziu a manchete do veículo de imprensa com o seguinte texto: “Que notícia fantástica! Por isso, cancelei todas as assinaturas de jornais e revistas da Presidência”.

 
Erro de português

 

No vídeo divulgado, mais um erro de português de Abraham Weintraub pode ser notado. O ministro da Educação utiliza o verbo "ver", quando era necessário usar "vir", já que o verbo "ver" estava sendo conjugado no futuro do subjuntivo. Na última quarta-feira, Weintraub respondeu um tuíte do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) e grafou a palavra "impressionante" com c.


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