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Estado de Minas

''Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato'', diz Wadico Camargo sobre presidente da Fundação Palmares

Músico e produtor musical divulgou um abaixo-assinado contra a nomeação do irmão, Sergio Nascimento


postado em 28/11/2019 10:05 / atualizado em 28/11/2019 10:36

Wadico Camargo à esquerda e o irmão, Sergio Nascimento, à direita (foto: Reprodução/Facebook)
Wadico Camargo à esquerda e o irmão, Sergio Nascimento, à direita (foto: Reprodução/Facebook)

O músico e produtor musical Oswaldo de Camargo Filho, o Wadico Camargo, divulgou um abaixo-assinado contra a nomeação do irmão, Sergio Nascimento, para presidir a Fundação Palmares. "SE fosse para o bem da nossa raça!!! Era o primeiro a apoiar, mas pro mau do Negro, sem chance . PRA MIM RAÇA É PÁTRIA É ALMA !!!! EU SOU NEGRÃO", escreveu Wadico, em sua página no Facebook. Até a manhã desta quinta-feira, mais de 15,6 mil pessoas já haviam assinado a petição.

O músico também disse sentir vergonha de Sergio Nascimento. "Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato. Sérgio Nascimento de Camargo, hoje nomeado presidente da Fundação PALMARES”, continuou.




Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro se esquivou de perguntas sobre as bandeiras que defende Sergio Nascimento de Camargo, e disse que não o conhece pessoalmente.

Nomeado na quarta-feira (27) ao cargo, o novo presidente da Fundação Palmares, instituição ligada à Secretaria Especial de Cultura, afirmou em suas redes sociais que o Brasil tem um "racismo nutella", defendeu a extinção do feriado da Consciência Negra e declarou apoio irrestrito ao presidente Bolsonaro. 
Camargo também afirmou que a escravidão foi "benéfica para os descendentes" e atacou personalidades como a ex-vereadora do Rio Marielle Franco e a atriz Taís Araújo.

A nomeação faz parte de uma série promovida pelo novo secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, para quem Bolsonaro já disse ter dado total liberdade para montar a sua equipe. 


Denúncia


Bolsonaro deu risada ao ser questionado sobre ser alvo de denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI). "Próxima pergunta", disse.

O presidente foi denunciado por "crimes contra a humanidade" e "incitação ao genocídio de povos indígenas" do Brasil. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a representação é da Comissão Arns e do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos. A representação também foi assinada pelo ex-ministro José Gregori e pelos advogados Antonio Carlos Mariz de Oliveira, Eloisa Machado e Juliana Vieira dos Santos. As declarações de Bolsonaro nesta quinta foram dadas em frente ao Palácio da Alvorada.(Com Estadão Conteúdo)


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