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Estado de Minas CRISE NO PSL

Troca respinga em Eduardo


postado em 11/10/2019 04:00 / atualizado em 10/10/2019 20:28

Filho do presidente pode ter de deixar liderança de comissão que turbina candidatura a embaixador (foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 6/12/18)
Filho do presidente pode ter de deixar liderança de comissão que turbina candidatura a embaixador (foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 6/12/18)

A disputa pelo controle do PSL pode levar o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a perder o comando da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, considerada essencial para alavancar sua “candidatura” a embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Isso, porque parlamentares ligados ao presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), cobram a retirada de cargos dos deputados que ameaçam deixar o partido.

Na quarta-feira, a deputada Alê Silva (PSL-MG), que faz parte do grupo dissidente, perdeu a vaga que tinha na Comissão de Tributação e Finanças. Ela vinha fazendo críticas públicas à legenda. A retirada de cargos dos deputados na Câmara foi discutida em reunião da bancada. Em declaração ao site de notícias G1, o deputado Junior Bozella (PSL-SP), da ala “bivarista”, defendeu a punição. “O partido é sério, é uma instituição e tem regra. Então, aquele que descumprir e atacar a imagem da instituição, automaticamente sofrerá algum tipo de punição, com certeza”, disse.

A declaração foi criticada por Eduardo Bolsonaro, que, por meio do Twitter, disse que o deputado fala “merda”. O filho do presidente comanda o Diretório Estadual do PSL em São Paulo. Ele substituiu Bozella, que entrou em atrito com o grupo ligado a Bolsonaro.

Além da comissão presidida por Eduardo, o PSL também comanda outras duas comissões: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com Fernando Francischini (PSL-PR), e de Fiscalização, com Léo Motta (PSL-MG). Os dois deputados, no entanto, não fazem parte do grupo que ameaça deixar o partido.


Carta


Após a reunião da bancada na quarta-feira, um grupo de 19 deputados do PSL ligados a Bolsonaro divulgou uma carta em desagravo ao presidente, principal estrela da sigla, mas que discute a possibilidade de deixar a legenda. O documento cobra “novas práticas” da atual direção da sigla, mas diz que a ala bolsonarista da bancada “não perdeu a esperança” de que seja aberto um “canal de diálogo”.

Na carta, parlamentares não falam em deixar o partido, mas, de forma reservada, alguns tratam o documento como uma espécie de ultimato. Bivar havia dito considerar que o presidente já decidiu pela saída do partido. “Quando ele diz a um estranho para esquecer o PSL, mostra que ele mesmo já esqueceu. Mostra que ele não tem mais nenhuma relação com o PSL”, afirmou.
Em entrevista ao site O Antagonista, Bolsonaro disse que não sairá do partido de “livre e espontânea vontade”. O presidente tenta encontrar uma saída jurídica para deixar o PSL sem que parlamentares de seu grupo percam mandato por infidelidade partidária.


Outra mulher?


O presidente Jair Bolsonaro sugeriu ontem, novamente, que não pretende deixar o PSL.  “Já sou casado e você quer arrumar outra mulher para mim?”, brincou o presidente, após ter sido questionado sobre para qual partido ele iria se saísse do atual, o PSL. Antes disso, depois de ter sido perguntado por repórteres sobre se iria mesmo deixar a sigla, o presidente afirmou que o seu partido é o Brasil. Depois, brincou de novo, dizendo que o seu partido é a Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos).


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