
Na sessão, que ocorreu na tarde dessa terça-feira, foi definido que José Tarciso e Romildo ficarão inelegíveis por oito anos. Os ministros também revogaram uma outra liminar de 2017, concedida pelo relator Jorge Mussi, que suspendia, até a definição da Corte, novas eleições na cidade.
Os dois funcionários do Executivo foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) depois de uma ação do Ministério Público Eleitoral - MPE. Gravações comprovaram a realização de duas reuniões com servidores da prefeitura, em horário de expediente e às vésperas das convenções partidárias. De acordo com o MPE, eles foram forçados a obter apoio político e a captar votos para as candidaturas do prefeito e do vice, inclusive, sob a ameaça de perder cargos comissionados em caso de derrota.
A defesa de José Tarciso e Romildo alegou que as gravações foram conseguidas de forma ilícita. Entretanto, o relator entendeu que os áudios foram obtidas legalmente. Ao Estado de Minas, a prefeitura da cidade informou que a chapa ainda pode recorrer da decisão.
A chapa foi eleita para o Executivo nas eleições municipais de 2016, com 49,1% dos votos. Segundo o censo demográfico de 2010, Ibitiúra de Minas conta com 3.406 habitantes. Em julho de 2017, o TRE cassou pela primeira vez os políticos, entendendo que houve irregularidades na campanha. Em setembro, eles foram afastados pela Justiça.
Com isso, o vereador Alexandre da Ambulância (PROS), então presidente da Câmara Municipal, assumiu de forma interina a prefeitura do município. Eleições suplementares foram marcadas para dezembro de 2017, mas José Tarciso e Romildo retornaram ao Executivo por meio de liminar em novembro daquele ano e o pleito foi cancelado.
