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Estado de Minas

Vereador que assumiu no lugar do colega cassado em BH é réu por desvio

O suplente Ronaldo Batista teve os bens bloqueados em uma ação movida contra ele e o sindicato que presidiu até o ano passado.


postado em 06/08/2019 10:33 / atualizado em 06/08/2019 12:11

(foto: Karoline Barreto/CMBH)
(foto: Karoline Barreto/CMBH)

Empossado
nessa segunda-feira (5) no lugar de um colega cassado por praticar o esquema de rachadinha, o novo vereador de BH Ronaldo Batista de Morais (PMN) é réu em um processo na Justiça do Trabalho que tornou seus bens indisponíveis. O motivo é uma acusação de desvios no Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTR), que ele presidiu até o ano passado.

O processo não traz impedimentos para a atuação dele como vereador e nem o impede de receber o salário de R$ 17.642,33 pelo cargo.

O valor da causa da ação civil pública cível movida pelo Ministério Público do Trabalho é estimado em R$ 3 milhões. Ronaldo é réu junto com outras dez pessoas e o próprio sindicato. A ação investiga possíveis desvios de verba no sindicato.

Entre as medidas autorizadas em setembro do ano passado pela juíza do trabalho Érica Aparecida Pires Bessa estão a indisponibilidade de bens e autorização para investigar os dados bancário do vereador e dos demais réus. O STTRBH foi intimado a apresentar balanços contábeis.

Outro lado


O advogado Ney Azevedo, que representa o vereador Ronaldo Batista no processo, afirmou que ele nega todas as acusações e que se trata de um caso ainda em investigação. “Esse processo ainda não foi concluído, não temos nenhuma sentença e nenhuma prova contra o meu cliente, que entrou única  exclusivamente por ser presidente do sindicato”, afirma.

Ainda de acordo com o advogado, o bloqueio de contas é uma prática “corriqueira” nos processos desta natureza e atingiu os demais réus. “Não há nenhum indício de desvio e trata-se de um processo cível, está na vara do trabalho porque é uma discussão sindical, mas não tem nenhuma relação com causa trabalhista ou criminal”, afirmou o advogado.

Herança de 'gestões anteriores'


Em nota, o vereador disse que o processo corre em segredo de justiça e é relativo a antiga gestão do sindicato que ele compunha."Alegam entre outras coisas má administração. Porém, herdamos na época um sindicato repleto de problemas e, infelizmente, caiu nas nossas costas às mazelas (sic) das gestões anteriores", afirmou.

 

Ronaldo Batista disse ter investido na saúde do trabalhador, com a aquisição de ambulância e psicólogo, e na estrutura da sede e do clube social.

"Hoje, mesmo fora do Sindicato, percebo que diferente de outras entidades, o STTRBH continua ofertando os mesmos benefícios aos sócios. Isso significa que os nossos investimentos foram voltados para a própria categoria e tenho certeza que essa situação será esclarecida no futuro", acrescentou.


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