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Estado de Minas

'Não serei um superministro', diz Guedes ao assumir Ministério da Economia

Segundo o ministro, a reforma da previdência será apresentada na volta da Legislatura do novo Congresso Nacional


postado em 02/01/2019 17:55 / atualizado em 02/01/2019 18:00

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia de posse nesta quarta-feira (2) (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a cerimônia de posse nesta quarta-feira (2) (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, em cerimônia de transferência de cargo, na tarde desta quarta-feira (2), disse que não será um “superministro”, mas que promete tentar implementar uma ampla agenda liberal no país. Ele criticou o excesso de gastos adotados pelos últimos governos e defendeu que a reforma da Previdência será apresentada na volta da Legislatura do novo Congresso Nacional. O evento ocorreu no Instituto Serzedello Correa, em Brasília.

Guedes começou o discurso agradecendo a própria família e ao presidente Jair Bolsonaro, mas logo apontou que não será um superministro. “Não existe alguém que vai consertar todos os problemas do Brasil”, enfatizou. A pasta de Economia vai juntar os ministérios da Fazenda, do Planejamento, do Comércio Exterior e Serviços, além de parte do Trabalho.

O ministro elogiou Bolsonaro. Segundo ele, o novo presidente tem tem “imenso patriotismo, determinação, sinceridade e integridade”. Também ressaltou que ele têm comprometimento com as instituições democráticas e não oferece risco ao regime atual. “A única coisa que houve foi uma mudança de eixo”, disse. Depois de 30 anos, ele ressalta que haverá um governo de centro direita. “É esse o grupo que está com essa visão para os próximos anos”, garantiu.

De acordo com Guedes, a equipe técnica diagnosticou que o problema principal é simples: a expansão excessiva dos gastos públicos. “O descontrole sobre a expansão dos gastos públicos é o mal maior. Esse descontrole nós já enfrentamos sobre diversas variantes (no passado)”, explicou. “É o mesmo fantasma que aparece em diversas variantes. Há expansão contínua de gastos públicos em relação ao PIB ininterruptas em quatro décadas”, apontou.

Guedes apontou que “agora é a hora" que entra o grupo que “acredita que o mecanismo de inclusão social são as economias de mercado”. “O nosso diagnóstico tem que começar pelo controle de gastos. Não precisa cortar dramaticamente. É não deixar crescer no ritmo que cresciam. Teto sem parede e sustentação caem. Essas paredes são as reformas”, comentou sobre a Emenda Constitucional 95, que estabelece o teto dos gastos.

O ministro que assumiu o cargo ressaltou que o primeiro e maior desafio é a reforma da Previdência. “A máquina do governo virou uma gigantesca transferência perversa de renda”, apontou. Ele disse que o Brasil “reconstrói” uma Europa por ano com gastos. “O Brasil gasta muito e gasta mal. Chegou a gastar 45% do PIB”, afirmou.

Segundo ele, a proposta de reforma está sendo construída e será apresentada quando a nova Legislatura assumir o Congresso. Guedes apontou que a imprensa terá uma tarefa fundamental para o esclarecimento das medidas à população.
 
“Não há nada de superministério. É só para todo mundo cantar na mesma música. E os Chigago Olds, conhecem essa canção”, disse Guedes, em alusão ao time econômico que montou com base na Escola de Chicago, que é o berço do liberalismo.
 
Guedes também disse que vai tentar implementar a agenda liberal, mas que "a coisa mais fácil é se livrar de alguém que não está habituado a Brasilia". "Dizem que é o pior emprego do mundo (ser ministro ligado à economia). Já tenho uma certa prática de fazer esse tipo de sacrifício", apontou.


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