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Estado de Minas

Começa o governo do presidente Jair Bolsonaro

Capitão da reserva, 38º presidente a assumir o comando do país, terá pela frente uma série de desafios e mudanças a fazer, principalmente para retomar o crescimento econômico


postado em 01/01/2019 06:00 / atualizado em 01/01/2019 07:44

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )

Brasília – Jair Bolsonaro, 63 anos, paulista de Glicério, assume hoje o comando do país sob um clima de grande expectativa e cercado pelo maior esquema de segurança já montado para um evento do tipo em Brasília. Embalado por mais de 57 milhões de votos, o capitão da reserva representa uma mudança radical na estrutura política do país. Foi eleito por meio de um partido nanico, o PSL, sem apoio de nenhuma grande legenda. Derrubou a tese de que um bom marqueteiro é vital para garantir a vitória nas urnas – a campanha dele se deu por meio das redes sociais. Após sofrer um atentado a faca em Juiz de Fora, passou três semanas internado, sem agendas de campanha, e não participou de nenhum debate eleitoral até o fim da eleição.

A tática de abandonar estratégias tradicionais de campanha deu certo e após mais de duas décadas o Brasil passa a ser governado por um político que não tenha sido eleito pelo PT ou do PSDB. O militar reformado representa todo o repúdio da população aos políticos tradicionais, que se tornaram símbolos da corrupção que ele prometeu combater de forma veemente. Bolsonaro, sabe, porém, que terá um tempo escasso para mostrar resultados. E é na economia que enfrenta seu maior desafio. Se o país não voltar a crescer e a gerar empregos, o apoio e a confiança – que fez com que cidadãos de todas as partes do Brasil viessem para assistir à posse – vão ruir rapidamente.

Ao mesmo tempo em que dão um voto de confiança ao novo governo, investidores e empresários temem o voluntarismo de Bolsonaro. A boa notícia é que o discurso de que não precisará dos partidos para administrar o país já caiu por terra, tanto que várias legendas foram chamadas para conversar e estão, aos poucos, ocupando espaço na Esplanada. O primeiro grande teste para a governabilidade, no entanto, serão as eleições para a Câmara e o Senado, marcadas para o início de fevereiro. Qualquer movimento em falso de seu partido, o PSL – que já se mostra com fissuras – pode complicar a tramitação de projetos importantíssimos para o país.

No campo das reformas, que terá o superministro da Economia, Paulo Guedes, como capitão, as mudanças na Previdência serão o primeiro passo. Há uma urgência na revisão da estrutura tributária do país, totalmente disfuncional. As distorções criadas pelas cascatas de impostos empurram a economia para a ineficiência. O que se pede é simplicidade para os contribuintes, neutralidade, transparência e equidade, nada que exista hoje. (Colaboraram Rosana Hessel e Marcelo da Fonseca)

 


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