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Estado de Minas

No dia da posse, Bolsonaro pode fazer trajeto da Esplanada em carro fechado

Grupo que coordena cerimônia, que será realizada em 1º de janeiro, analisa possibilidade por questões de segurança


postado em 02/12/2018 06:00 / atualizado em 02/12/2018 08:36

Bolsonaro se encontra com o vice, general Mourão, na Catedral e de lá atravessa toda a Esplanada até o Congresso Nacional, em um trajeto de 15 minutos (foto: Ana Volpe/Agência Senado - 22/7/15)
Bolsonaro se encontra com o vice, general Mourão, na Catedral e de lá atravessa toda a Esplanada até o Congresso Nacional, em um trajeto de 15 minutos (foto: Ana Volpe/Agência Senado - 22/7/15)


Brasília – A menos de um mês para a cerimônia de posse, Palácio do Planalto, Congresso Nacional, Itamaraty e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) estão a todo vapor para garantir que nada saia do protocolo durante o evento. A maior preocupação do comitê de organização é em relação à segurança e à saúde de Jair Bolsonaro (PSL). Por isso, ritos tradicionais da cerimônia estão sendo revistos, a começar pelo clássico passeio em carro aberto.

Bolsonaro comentou com a equipe que gostaria de seguir o costume de fazer o trajeto entre a Catedral e o Congresso Nacional no Rolls Royce conversível, veículo utilizado na posse de todos os presidentes do país e em alguns eventos públicos desde 1953. Porém, o desejo do futuro presidente pode não se concretizar. A equipe de segurança analisa a possibilidade de fazer o percurso em carro fechado para minimizar riscos. O que também pode atrapalhar os planos de Bolsonaro é a chuva, frequente em Brasília em janeiro.

Em relação à assistência médica, o nível de alerta é alto. Uma ambulância exclusiva para o presidente eleito seguirá todo o percurso. Além dos enfermeiros que já vêm acompanhando Bolsonaro, ele terá um médico exclusivo no Congresso e no Palácio do Planalto. Por prevenção, um helicóptero também estará de prontidão durante o evento.

O número de pessoas integrando a segurança, em 1º de janeiro, também foi modificado. A expectativa inicial era de que 10 mil homens das Forças Armadas, das polícias Federal, Civil e Militar, e do GSI fariam a segurança do futuro presidente. Porém, com a confirmação da presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, essa quantidade deve aumentar. O contingente corresponde a mais do que o dobro de agentes que participaram da posse da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi de 4 mil.

ITINERÁRIO O itinerário começa na Granja do Torto, ponto de partida protocolar. Por volta das 15h, Jair Bolsonaro deve sair da residência oficial e seguir pelo Eixão em direção à Esplanada dos Ministérios. Com a esposa, Michelle Bolsonaro, ele se dirigirá à Catedral de Brasília. Apesar da localização, não haverá cerimônia religiosa, como explica Maria Cristina Monteiro, diretora de relações públicas do Senado e coordenadora do grupo de trabalho para a posse no Congresso. “Não tem missa nem culto. Tradicionalmente, (o local de encontro) passou a ser a Catedral porque é um ponto de destaque arquitetônico mesmo”, disse. “Eles vão até lá para se encontrar com a cavalaria, que fica aguardando na Catedral. Na verdade, todo o grupamento militar já fica aguardando ali. Bolsonaro se encontra com o vice, general Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula Mourão, e troca de carro. O vice vai em um carro atrás.”

De carro, seja aberto, seja fechado, Bolsonaro fará o trajeto com duração aproximada de 15 minutos até o Congresso. Lá, ele será recebido pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB); pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM); pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e pelos parlamentares eleitos. Em sessão solene, no plenário da Câmara, Bolsonaro fará o juramento constitucional e será empossado. Terminada essa etapa, ele deve se encaminhar a um gabinete, enquanto espera a formação da guarda.

Como presidente da República, Bolsonaro, então, descerá a rampa do Congresso e ouvirá a execução do Hino Nacional. Depois, passará as tropas em revista, momento em que se tornará chefe de poder das Forças Armadas, e voltará ao carro para fazer um percurso de, aproximadamente, 1 quilômetro até o Palácio do Planalto. No seu futuro local de trabalho, ele receberá a faixa presidencial das mãos de Michel Temer e fará um discurso à nação. A cerimônia seguirá com a posse dos futuros ministros no Salão Nobre. O evento se encerrará à noite, com um coquetel oferecido aos chefes de Estado no Itamaraty.

A expectativa, segundo Maria Cristina, é de que a cerimônia completa da posse seja mais rápida. “Estamos prevendo discursos mais curtos. O próprio presidente eleito já sinalizou que quer uma cerimônia mais rápida. O que delonga são os discursos. O de Dilma, em 2015, durou cerca de 40 minutos, mas depende muito do presidente”, afirmou.

Convite a 192 países


O tradicional encerramento da posse presidencial, no Itamaraty, contará com a presença de autoridades nacionais e estrangeiras. Com a sinalização positiva da equipe de transição, teve início a distribuição dos convites a todos os 192 países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas, incluindo Venezuela, Cuba e outras nações consideradas como ditaduras por Bolsonaro.

Apesar dos fortes boatos nas últimas semanas e da visita do conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, ao futuro presidente, a presença de Donald Trump na cerimônia de posse pode não se confirmar. De acordo com o embaixador Paulo Uchoa, coordenador de cerimonial da Secretaria-Geral do Gabinete de Transição Governamental, “ele (Trump) não virá. Não sei de onde vocês (a mídia) tiraram isso”.

De acordo com Uchoa, alguns representantes já indicaram o interesse em participar do evento. “Podem ser chefe de Estado, vice-chefe de Estado, embaixadores; em monarquias, podem ser herdeiros. Há alguns presidentes, como o do Chile, o da Argentina e o de Angola, que já apontaram interesse em vir. Entre os nacionais, vêm os parlamentares das Casas”, disse.

1 milhão de pessoas


Com um esquema preparado para receber até 1 milhão de pessoas, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) prevê a colocação de barreiras em todo o gramado da Esplanada. As pessoas que quiserem acompanhar de perto a cerimônia terão de chegar pela rodoviária e caminhar até o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. Existe a possibilidade de colocação de telões na Praça dos Três Poderes.

 


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