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Estado de Minas POLÍTICA

'Se falou em fechar o STF precisa consultar um psiquiatra', diz Bolsonaro sobre declaração do filho

Eduardo Bolsonaro afirmou que 'basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal'


postado em 21/10/2018 14:32 / atualizado em 21/10/2018 17:01

Bolsonaro evitou comentar diretamente gravação de seu filho: 'Desconheço esse vídeo. Duvido. Alguém tirou de contexto'(foto: Mauro Pimentel/AFP)
Bolsonaro evitou comentar diretamente gravação de seu filho: 'Desconheço esse vídeo. Duvido. Alguém tirou de contexto' (foto: Mauro Pimentel/AFP)
Em entrevista no início da tarde deste domingo, 21, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse desconhecer o vídeo em que seu filho Eduardo Bolsonaro diz que "basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal". O vídeo teria sido gravado no último dia 10 de julho, durante uma aula.

"Isso não existe, falar em fechar o STF. Se alguém falou em fechar o STF precisa consultar um psiquiatra", afirmou o candidato, em coletiva na casa do empresário Paulo Marinho, onde grava vídeos para seu programa eleitoral. "Desconheço esse vídeo. Duvido. Alguém tirou de contexto."

Bolsonaro falou também sobre as manifestações em favor de sua candidatura que ocorreram na manhã deste domingo em diversas cidades do País. "Está havendo hoje manifestação em todo o Brasil; assim como houve no domingo anterior ao primeiro turno", disse.

"Isso é sinal que a população está realmente preocupada com o futuro do Brasil. E quer alguém diferente do PT na Presidência da República. Então, eu sou grato a eles que, no momento, não fazem por eles, mas fazem pelo Brasil."

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou as redes sociais neste domingo, 21, para criticar declarações do filho de Jair Bolsonaro. "As declarações merecem repúdio dos democratas. Prega a ação direta, ameaça o STF", escreveu o ex-presidenete na tarde de hoje em seu Twitter.

"Não apoio chicanas contra os vencedores, mas estas cruzaram a linha, cheiram a fascismo", afirmou Fernando Henrique. "Têm meu repúdio, como quaisquer outras, de qualquer partido, contra leis, a Constituição", conclui na mensagem.

O candidato do PT, Fernando Haddad, reagiu ao vídeo e classificou a família de Bolsonaro como 'grupo de milicianos'. O candidato derrotado à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou, também no Twitter, que o vídeo de Eduardo Bolsonaro "mostra bem o descompromisso dessa turma com a democracia". "Aos setores do Judiciário que impulsionaram a onda antidemocrática no País fica o dito espanhol: 'cria cuervos y te sacarán los ojos'", acrescentou ele.


Em nota assinada por seu presidente, Claudio Lamachia, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aponta 'desafio' na 'preservação dos valores da democracia' e ressalta a importância do Supremo Tribunal Federal (STF), com 'papel fundamental' no enfrentamento da crise no país. A entidade ainda afirmou que 'é obrigação do Estado defender o STF'.

Leia a íntegra da nota da OAB

 

"Prestes a ser encerrado mais um processo eleitoral, no mais longevo período democrático da história do Brasil, o desafio que se coloca é a preservação dos valores da democracia e da República.

A separação entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário é condição para a existência do Estado de Direito e é uma forma de prevenir e coibir equívocos e erros cometidos pelo Estado. Sem separação entre os Poderes também não é possível haver a transparência que a sociedade exige dos agentes públicos.

A Ordem dos Advogados do Brasil, maior entidade da sociedade civil brasileira, chama atenção para a necessidade de serem rejeitadas as propostas que visem a minar o funcionamento das instituições da República, a negar vigência à atual Constituição Federal e a cassar direitos individuais fundamentais, como habeas corpus e sigilo profissional.

Chamamos atenção, especialmente, para o papel fundamental que o Supremo Tribunal Federal tem cumprido neste momento de crise. O mais importante tribunal do país tem usado a Constituição como guia para enfrentar os difíceis problemas que lhe são colocados, da forma como deve ser. É obrigação do Estado defender o STF."


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