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Estado de Minas

Em debate gravado, Bolsonaro e Haddad divergem sobre temas de interesse público

Presidenciáveis se posicionaram sobre 11 temas diferentes: impostos, mídia, Lava-Jato, porte de armas, reforma ministerial, agronegócio, drogas, educação, saúde, privatizações e o programa Bolsa-Família


postado em 11/10/2018 21:12 / atualizado em 11/10/2018 21:20

(foto: Montagem/EM/D.A Press)
(foto: Montagem/EM/D.A Press)


Os candidatos ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), concederam entrevistas ao RedeTV News, veiculado pelo canal de televiso de mesmo nome. Eles tiveram até um minuto e 15 segundos para responder sobre 11 temas: impostos, mídia, Lava-Jato, porte de armas, reforma ministerial, agronegócio, drogas, educação, saúde, privatizações e o programa Bolsa-Família.


O petista foi entrevistado pelo repórter Mauro Tagliaferri, em São Paulo, enquanto o líder das pesquisas recebeu perguntas formuladas pelo jornalista Eric Klein, no Rio de Janeiro. Confira as respostas e os temas abaixo:


Impostos


Fernando Haddad (PT)


Segundo Haddad, é preciso diminuir a carga tributária para quem ganhar até cinco salários-mínimos (R$ 4770). A medida tem o objetivo de “ativar a economia”, de acordo com ex-prefeito de São Paulo. Por outro lado, o candidato propõe uma maior carga para quem ganha acima do valor citado.


Jair Bolsonaro (PSL)


Assim, como o adversário, Bolsonaro afirmou que pretende diminuir a carga tributária. A proposta é que quem ganha até cinco salários não pagaria impostos. Quem ganhar além desta faixa, teria que pagar uma taxa de 20% progressivamente. “O Trump acabou de fazer nos Estados Unidos e deu certo”, disse o candidato.


Regulação da mídia


Jair Bolsonaro (PSL)


Conforme o candidato, a mídia não teria qualquer regulação em seu governo. Aproveitou também para atacar o PT. “A mídia tem que ser livre. Eles (o PT) tentaram censurar a internet via Marco Civil da internet. Imprensa livre é sinal de democracia e liberdade”, disse.


Fernando Haddad (PT)


A proposta do candidato é acabar com os grandes conglomerados de mídia, que é dominada por um conjunto de famílias. Ele citou os casos dos estados de Alagoas, Bahia e Maranhão para sustentar sua posição. “No mundo desenvolvido, isso é proibido. Isso precisa ser impedido por lei e vai dar mais pluralidade ao jornalismo”, afirmou.


Lava-Jato


Fernando Haddad (PT)


O programa de governo do petista defende o fortalecimento da Polícia Federal e do Ministério Público, assim como um Judiciário “independente e fortalecido”. Defendeu também que há governos que combatem e há os que não combatem a corrupção estatal.


Jair Bolsonaro (PSL)


O presidenciável aproveitou a oportunidade para valorizar os trabalhos do juiz Sérgio Moro, classificando o trabalho do magistrado como “espetacular”. Disse, ainda, que Moro e a PF precisam agir com liberdade para combater a corrupção.


Porte de armas


Jair Bolsonaro (PSL)


“No referendo de 2005, o povo decidiu que quer ter o direito de comprar armas e munições. O governo do PT ignorou o povo e botou certas medidas e requisitos que é quase impossível ter uma arma dentro de casa”, defendeu Bolsonaro. Afirmou também que, como capitão do Exército, tem que “penar para conseguir uma arma”. Mais uma vez, ressaltou a necessidade de facilitar o porte, caso seja eleito.


Fernando Haddad (PT)


Para o candidato, armas são propriedade única da polícia. Ele destacou a necessidade da PF enfrentar as organizações criminosas. “Precisamos de uma polícia nacional para combater o crime organizado, com mais inteligência, efetivo e tecnologia. Os índices de homicídio, roubo e estupro vão cair decisivamente no nosso país”, salientou..


Reforma ministerial


Fernando Haddad (PT)


O petista destacou a necessidade da criação de mais três pastas: Ciência e Tecnologia, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial, para garantir mais direitos e políticas públicas. Os ministérios seriam recuperados com o orçamento do governo federal.


Jair Bolsonaro (PSL)


Ao contrário de Haddad, Bolsonaro defende a redução dos ministérios. Segundo ele, 15 órgãos são suficientes. Hoje, o governo Temer conta com 23 pastas. “Nosso critério será técnico. Tem que ser um ministro competente e interessado”, disse. Ressaltou, ainda, a necessidade dos ministros atenderem à população, não aos partidos políticos.


Agronegócio


Jair Bolsonaro (PSL)


A principal proposta do candidato é fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, para acabar com as “brigas” entre os setores, para acabar com a “indústria de multas” dos órgãos de fiscalização. Além disso, pretende “tipificar as ações do MST como terrorismo”.


Fernando Haddad (PT)


Haddad defendeu a importância do setor, mas disse que alterações precisam ser feitas. Segundo ele, “terra precisa produzir”, para que não haja especulação imobiliária e que mais pessoas fiquem sem casa. O petista ainda disse que não vai permitir “novos desmatamentos”, para preservar o meio ambiente. O incentivo à agricultura familiar e ao alimento orgânico, com a diminuição do uso de agrotóxicos, também foi pontuado.


Drogas


Fernando Haddad (PT)


O ex-prefeito de São Paulo afirmou que sua política sobre as drogas seguirá o seguinte lema: “traficante na cadeia e usuário tratado”. “De um lado está o crime, do outro está a saúde pública”, disse. Destacou, ainda, a importância da discussão do tema entre os jovens, dentro da escola.


Jair Bolsonaro (PSL)


“Não passa pela minha cabeça, a legalização de drogas”, foi assim que o candidato abriu suas propostas. Bolsonaro também evidenciou a necessidade de se fortalecer as fronteiras, “para exercer um trabalho de fiscalização” nesses espaços.


Educação


Jair Bolsonaro (PSL)


Para o candidato, o professor “perdeu a autoridade em sala de aula”. O capitão reformado disse que deseja um ministro da Educação que afaste os princípios e diretrizes baseadas no educador Paulo Freire. Mais uma vez, defendeu o banimento da educação de gênero nas escolas, pois “educação é conhecimento”.


Fernando Haddad (PT)


“Nossa maior atenção será com o Ensino Médio, que receberá a atenção da Presidência da República”, afirmou o ex-ministro da Educação. Haddad salientou a obrigação de ampliar a educação em tempo integral e técnica para a juventude.


Mais Médicos


Fernando Haddad (PT)


Haddad disse que o programa é “um dos maiores legados” do governo petista, pois levou atendimento médico para 60 milhões de brasileiros. Contudo, o candidato quer dar um “passo à frente”, com ampliação do atendimento especializado, o que evitaria grandes deslocamentos para o paciente. “Precisamos construir policlínicas, onde a consulta, o exame de imagem e a cirurgia eletiva é realizada no mesmo lugar”, defendeu.


Jair Bolsonaro (PSL)


De acordo com o líder das pesquisas, o programa foi criado para atender os “interesses cubanos”, enganando os mais pobres. Afirmou que quer leva atendimento às cidades mais vulneráveis, porém com profissionais brasileiros. “Hoje em dia, mandamos R$ 1,2 bilhões para a ditadura cubana”. Disse, ainda, que o PT é desumano ao não permitir que os filhos das profissionais cubanas venham para o Brasil, acompanhando a profissional contratada pelo programa.


Privatizações


Jair Bolsonaro (PSL)


“Vamos privatizar ou extinguir todas as 50 empresas criadas pelo PT”, afirmou o presidenciável. Segundo ele, há estatais lucrativas, que não serão privatizadas, por “questões estratégias”. Ele sinalizou a adoção de um “modelo adequado”, para diminuir o preço do estado e gerar renda.


Fernando Haddad (PT)


Para Haddad, há estatais que “são patrimônio do governo”. Citou empresas como a Caixa Econômica Federal e os Correios. A privatização não é vista com bons olhos pelo candidato, pois as vendas são feitas “a preço de banana”, além de abrir mão de um “patrimônio brasileiro”, como a Embraer e o pré-sal.


Bolsa-Família


Fernando Haddad (PT)


Assim como o Mais Médicos, o candidato falou que tem “honra” pelo programa ter sido criado no governo petista. Porém, disse que é necessário aumentar a “capacidade de consumo das famílias”. Aproveitou a oportunidade, também, para criticar Bolsonaro. “Para o meu adversário, o pobre é parte do problema. Para nós, é parte da solução”, afirmou.


Jair Bolsonaro (PSL)


De acordo com o deputado federal, o programa “não pode ser utilizado para ganhar votos”. Citou uma reunião entre seu candidato a vice, General Hamilton Mourão, e seu coordenador econômico, Paulo Guedes, que abordaram a concessão de 13º salário para os beneficiadores do programa. Ainda salientou que não acabará com o Bolsa-Família, ao contrário do que, segundo ele, tem sido dito pela oposição.






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