
Na noite da última terça-feira, o TSE confirmou a cassação do mandato do deputado Missionário Santiago e a inelegibilidade por oito anos, por abuso do poder econômico na eleição de 2014. Também foi cassado o mandato do deputado federal por Minas Gerais, Flanklin Lima (PP). O Tribunal determinou que a decisão deverá ser executada pela Câmara e pela ALMG assim que os acórdãos forem publicados.
Para assumir a vaga de Missionário Santiago na Assembleia deverá ser chamado o ex-jogador Marques Abreu (PTB), que ficou na primeira suplência da coligação PTB/SD na eleição de 2014, com 39.027 votos. No entanto, Marques já declarou que não vai assumir, preferindo continuar como coordenador das categorias de base do Atlético.
Com a “recusa” de Marques, seria chamado o segundo suplente da coligação, Claudio Mundo Novo, que recebeu 29.898 votos em 2014. Mas, ele trocou o PTB pelo PROS e, por isso, não deverá ser empossado. Neste caso, a vaga deverá ser herdada pelo atual presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, Claudio Prates (PTB), que ficou na terceira suplência, com 26.901 votos.
Nesta quinta-feira, Claudio Prates disse que recebeu a informação do presidente estadual do PTB, deputado estadual Dilzon Melo, de que, se Marques não assumir na Assembleia, o PTB vai comunicar a Assembleia Legislativo que a vaga deverá ser ocupada pelo vereador de Montes Claros. “O Dilzon Melo disse que a vaga pertence ao partido, o PTB. Como Claudio Mundo mudou de partido, ele perdeu a vaga”, afirmou Prates, que, atualmente, é candidato a deputado federal.
Ouvido pela a reportagem, presidente estadual do PTB confirmou que, se Marques rejeitar ser empossado, a sigla não vai indicar o nome de Missionário Santiago, tendo em vista que ele perdeu o direito à vaga, ao trocar o PTB pelo Pros. Dilzon Melo informou que, neste caso, Claudio Prates deverá ser convocado para tomar posse como deputado estadual e os trabalhos serão agilizados para isso aconteça dentro de um prazo de 30 dias.
Claudio Prates disse que está disposto a renunciar ao cargo na Câmara de vereadores se vier a convocado assumir a vaga Assembleia. “Caso eu seja chamado a tomar posse (como deputado estadual), renunciaria ao mandato de vereador e à presidência da Câmara sem receio algum, ainda sabendo que a renúncia é de caráter irrevogável”, declarou.
Se ele renunciar, terá que ser convocada uma nova eleição para a presidência da Câmara de Vereadores por um mandato-tampão, até dezembro próximo. Para a vaga dele de vereador seria chamado o suplente João Paulo Bispo, que recebeu 1.393 votos na eleição de 2016.
A assessoria da Assembleia informou que somente após a publicação do acórdão da decisão do TSE é que o suplente será convocado e que caberá ao diretório estadual do PTB indicar o nome do suplente.
