(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Assembleia aprova projeto que permite ao estado vender dívidas para antecipar receita

Proposta apelidada de "securitização" possibilita que estado venda para instituições financeiras títulos de dívidas a receber e assim consiga antecipar receita


postado em 08/08/2018 17:55 / atualizado em 08/08/2018 18:29

(foto: Clarissa Barçante/ALMG )
(foto: Clarissa Barçante/ALMG )

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou em segundo turno, nesta quarta-feira, o Projeto de Lei 5.012/18 conhecido como "securitização", que permite à administração estadual vender parte da dívida de empresas com o estado e, assim, adiantar o recebimento de recursos.

O texto era visto pelo governo de Fernando Pimentel (PT) como uma forma de ajudar a amenizar as dificuldades em caixa. Medida pode ajudar nan regularização do pagamento dos servidores.

A aprovação, por unanimidade, saiu depois de acordo entre os deputados da base e oposição. Para que a proposta fosse aprovado o valor resultado do adiantamento do recebimento das dívidas terá 70% direcionado para o pagamento do repasse de verbas de educação e saúde aos municípios.

De acordo com o deputado André Quintão (PT), a negociação teve resultado positivo e contou com o apoio de todos os parlamentares e partidos.

“Prevaleceu nesta votação o bom senso e o diálogo. Acordamos algumas emendas inclusive de acompanhamento das prefeituras da Assembleia e do próprio governo, do cumprimento do direcionamento desses recursos para áreas estratégicas, educação e saúde e vinculação de 70% para os municípios”, afirmou Quintão.

Segundo o deputado o estado já tem dívidas renegociadas que lhe permitem receber cerca de R$ 2,4 bilhões.

Os outros 30% dos valores arrecadados serão destinados para regularização do pagamento do duodécimo – verba que o governo do estado repassa para o tribunal de Justiça -, que também está em atraso.

Já o deputado Gustavo Valadares (DEM), da oposição, disse que da forma como foi aprovado, o texto impede que o texto possa dar outras destinações aos valores e garante, assim, que o cidadão será beneficiado pela medida.

“Ao obrigar que o dinheiro arrecadado seja destinado à quitação dessa dívida monstruosa, estamos garantindo a aplicação dos recursos onde de fato interessa, que é na prestação de serviços para o cidadão”, afirma Valadares.

Na prática, o projeto permite que o governo do estado antecipe o recebimento de receitas de dívidas que tem tanto de pessoas físicas, como de jurídicas. A administração estadual pega créditos que tem a receber e vende para as instituições financeiras, assim é possível ter em caixa recursos que levaria mais tempo para ter nos cofres. Assim, consegue usar para quitar as dívidas atuais.

Dessa forma, os créditos negociados deixam de ser públicos e são convertidos em privados, sendo que quem é responsável pela dívida deixa de dever para o Estado e passa a dever para o credor privado que adquiriu aquele crédito.

Pagamento de servidores


De acordo com o deputado André Quintão, o projeto contribuirá para que o estado possa regularizar o pagamento dos servidores que há mais de dois anos vem tendo os salários parcelados, devido a falta de recursos.

Ele disse que mesmo os recursos tendo destinação já pré-definida, os valores que até então estavam sendo empenhados para cobrir os repasses podem ser investidos em outras frentes.

“O governo liberando recursos para quitar essas dívidas, o outro recurso do caixa, do tesouro rotineiro, poderá, sim, equilibrar a regularidade dos pagamentos”, afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)