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Estado de Minas

Bancada mineira na Câmara impede corte de R$ 51 milhões para duplicação da BR-381

Duplicação da rodovia é um sonho antigo dos mineiros, mas obra anda em ritmo lento e repasse de verbas alcançou apenas pouco mais da metade do previsto


postado em 11/07/2018 23:31 / atualizado em 12/07/2018 08:12

O cancelamento da verba proposto pelo Palácio do Planalto foi retirado do Projeto de Lei (PL).(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A press)
O cancelamento da verba proposto pelo Palácio do Planalto foi retirado do Projeto de Lei (PL). (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A press)

A bancada mineira da Câmara dos Deputados conseguiu impedir, nesta quarta-feira (11), o corte de R$ 51 milhões para as obras de duplicação da BR-381. 
 
Por meio de um destaque assinado pelos deputados de Minas Gerais, o cancelamento da verba proposto pelo Palácio do Planalto foi retirado do Projeto de Lei (PL).
 
O governo federal havia enviado em 26 de junho passado um pedido para retirar R$ 51.591.952 reais da verba destinada à duplicação da BR, conhecida como Rodovia da Morte, entre Belo Horizonte e Governador Valadares.

Caso o cancelamento da verba fosse confirmado no Congresso Nacional, a obra, que já anda em ritmo lento, poderia ser completamente paralisada, sem nenhum quilômetro duplicado entregue.
 
Por meio de um projeto de lei de autoria do presidente Michel Temer (MDB), o pedido de cancelamento da verba usava como argumento a necessidade de remanejar recursos para as áreas de Saúde e Educação.

Do montante inicialmente previsto para a obra no orçamento de 2018 (R$ 228 milhões), pouco mais da metade já havia sido empenhado (R$ 132 milhões), sendo que até junho, apenas R$ 22 milhões foram efetivamente pagos.

Movimentos que acompanham a obra alertaram para a possibilidade de paralisação total das obras. A duplicação começou a sair do papel em 2014 e já foi gasto mais de meio bilhão de reais sem que nenhum trecho duplicado tenha sido entregue aos motoristas.

'Retaliação a Minas'


O coordenador da bancada mineira na Câmara, o deputado Fábio Ramalho (MDB) avaliou, na época, que a medida era uma retaliação do governo a Minas Gerais e considerou absurda a justificativa usada para cancelar o montante.

"Não existe esse papo de que não tem dinheiro. Minas Gerais tem apenas uma obra em andamento no estado inteiro (...) O estado está sendo retaliado", afirmou Ramalho.



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