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Estado de Minas

O querido MDB de Temer nada decide

Pelo jeito, atracar e muito menos levantar voo o ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, Carlos Marun, pretende


postado em 13/03/2018 12:00 / atualizado em 13/03/2018 08:34

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

O querido MDB de Temer nada decide

Depois de reunião pela manhã para tratar de Donald Trump e as barreiras tarifárias do aço e do alumínio, internet e dinheiro para os prefeitos, o melhor ainda estava por vir. Antes, no entanto, um registro: alteração da agenda presidencial: “10h – Despacho interno – Local Palácio do Planalto”. Uai, e a previsão anterior? O Trump, o aço, o alumínio? Já que era internamente e internacional, melhor ficar com assuntos nacionais. Trump foi barrado.

O jeito então é tratar do que interessa de fato: foi no início da noite, mais precisamente às 18h. Entre aspas para deixar claro: “Temer tem reunião no Planalto com vice-líderes da base aliada no Congresso Nacional”. Reunião com os vice-líderes e com o ex-vice-presidente da República? Nem vou dizer piada pronta. É desnecessário.

Necessário mesmo é explicar o dinheiro para os prefeitos. O agrado às bases dos nobres deputados – em ano eleitoral – diante de dois novos pedidos de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), aqueles que tratam dos portos e da aviação civil.

Pelo jeito, atracar ou levantar voo o ministro-chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, Carlos Marun, pretende: o encontro foi para tratar da “motivação e estratégia de plenário”. Ah! Bom... E nem tucano ele é.

Se o convite presidencial foi por carta, será que todos chegaram a tempo? Pelo jeito, de acordo com informação dos Correios, devem ter sido chamados também por telefone. E se o levantamento feito era de que 87,15% do efetivo da empresa estava trabalhando, quanta precisão. Não teria sido 87,14% ou 87,16%? Ou nem teve margem de erro?

Deixando para lá as brincadeiras, a cartilha de fato do encontro presidencial passa pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em pleno domingo, ele esteve no Palácio do Jaburu, a residência oficial do vice-presidente, que Temer preferiu não se mudar. E estavam também presentes os seus principais ministros políticos: Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, e Moreira Franco, secretário-geral da Presidência.

Quem deve participar de novas conversas é o presidente nacional do MDB, Romero Jucá. Afinal, Padilha e Moreira são emedebistas e avisaram sobre dificuldades dentro do próprio partido. Tem gente de um lado e de outro. Bem ao jeito tucano de estar no muro e não é em cima dele.
As questões passam pelas eleições em suas bases e pretensões eleitorais, como candidaturas ao governo. Colar em Temer, se as pesquisas mantiverem suas baixas aprovações, é suicídio eleitoral.

Boa sacada
A vaquita ou o marsuíno do Golfo da Califórnia, a tartaruga de Myanmar, o lémure desportivo do Norte, de Madagáscar, o rinoceronte de Java, o gibão negro, que vive na fronteira entre a China e o Vietnã, o papagaio kakapo, da Nova Zelândia, o condor da Califórnia, o Saola, herbívoro que vive nas montanhas entre o Laos e o Vietnã e, por fim, o Tigre da Sumatra e a Iguana de Anegada. São símbolos da camisa Lacoste, a do jacarezinho, em campanha para os animais com alto risco de extinção.

Os pêsames
The House of Givenchy is sad to report the passing of its founder Hubert de Givenchy, a major personality of the world of French Haute Couture and a gentleman who symbolized Parisian chic and elegance for more than half a century. He will be greatly missed. Nota da prestigiada grife Givenchy, cara para chuchu. E ele era mesmo um cavalheiro que simbolizava a alta e elegante costura francesa. Já comprar um terno com sua marca? Caro como é? Nem pensar. Mesmo que ele “fará uma falta imensa”. É da nota, sem trocadilho.

Da Presidência
“Presidente Michel Temer convida para a cerimônia de assinatura do Termo de Adesão ao Programa Internet para Todos e de Sanção do PLN 1 de 2018, sobre liberação de auxílio financeiro aos municípios. Centro Internacional de Convenções do Brasil. Institucional. Presidência”. A informação veio do Palácio do Planalto? Da Assessoria de Imprensa do governo? Não, do site institucional do Senado Federal/Presidência. Será que Eunício Oliveira está treinando na agenda? Se não veio da Presidência da República e sim do próprio Senado, melhor esperar. Afinal mandato ele tem até 2019. Quem sabe?

“Vai ser assim”
Se é “Pisada no freio”, me poupe meu caro Rodrigo Janot, o ex-procurador que apresentou e perdeu dois impeachments contra o presidente Michel Temer. Está cobrando “delação premiada” da nova procuradora Raquel Dodge? Delatar quem, cara pálida? Temer de novo? Apelou, perdeu. Duas vezes já não bastam? “Vai ser assim”?, perguntou o ex-procurador indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) A resposta rápida é: passou recibo de sua predileção partidária, simples assim.

Cadê o endereço?
O deputado Júlio Delgado, líder do PSB na Câmara Federal, tem sempre um comentário irônico na ponta da língua. Desta vez, foi no Estadão de São Paulo. Basta um trecho para justificar: “Ele está se sentindo como aquele que foi convidado para jantar, mas não recebeu o endereço”. Trata-se da eventual candidatura do ex-presidente e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que divide opiniões dentro do PSB. Para se filiar, Barbosa quer certeza de ter a candidatura aprovada. Até agora, essa certeza não veio.

PINGAFOGO

O Conselho Permanente da Medalha da Inconfidência reuniu-se ontem para começar a traçar a lista de agraciados deste ano. Foi decidido que o orador oficial, embora não tenha confirmado a sua presença, será primeiro-ministro de Portugal, António Costa.

Deixando a medalha para lá, o fato é que só isso aconteceu ontem na Assembleia Legislativa (ALMG). Plenário e comissões, os deputados enforcaram. Será que Tiradentes, o mártir da Inconfidência, aprovaria o enforcamento no plenário?

Só um detalhe a mais da nota “Vai ser assim”, ou melhor, dois: o então presidente do Senado, Renan Calheiros, manifestou confiança em Rodrigo Janot. O outro: “assuntos tratados em convescotes matutinos ou vespertinos”? Apelou, perdeu!

A informação de que Temer reuniu vice-líderes é da própria Presidência da República, estava na agenda oficial. Óbvio que alguns líderes também compareceram, mas que a hierarquia foi quebrada, isso foi.

Se a segurança pública é a “bala de prata” do presidente Temer, como avisou o líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), sobre candidatura à reeleição, melhor parar por aqui. Vai que ele erra o alvo e manda em mim uma bala de prata.

 


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