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Estado de Minas

Ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot dá aulas na Colômbia

O hoje subprocurador da República está passando uma temporada na Universidade Los Andes, onde dará curso sobre técnicas de investigação sobre crimes de corrupção


postado em 23/01/2018 10:40

Subprocurador Rodrigo Janot(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Subprocurador Rodrigo Janot (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot está  em Bogotá, na Colômbia, para onde embarcou na quarta-feira (17). Neste terça-feira (23), ele postou em sua conta no Twitter,  que cumpriu  ontem (22) a primeira atividade na Universidade Los Andes, onde dará por cinco meses um curso sobre técnicas de investigação sobre crimes de corrupção.

(foto: Reprodução/Twitter)
(foto: Reprodução/Twitter)

Janot deixou o Brasil  quatro meses depois de entregar o cargo de procurador-geral da República para Raquel Dodge, escolha do presidente  Michel Temer que quebrou uma tradição que vinha sendo mantida desde 2003.

Desde aquela data, o presidente da República sempre escolhe para o cargo o  primeiro colocado da lista tríplice da eleição feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Raquel foi a segunda colocada, com 587 votos ante os 621 de Nicolao Dino, ligado a Janot, autor de duas denúncias de corrupção contra Temer no SupremoTribunal Federal .

Ouvido pela PF


Janot deixou  o  Brasil dois dias depois de ser ouvido pela Polícia Federal na condição de testemunha no inquérito que apura possíveis irregularidades nas negociações do acordo de colaboração premiada dos executivos do grupo J&F, dono da JBS.
A oitiva foi realizada no gabinete de Janot no prédio da PGR e foi conduzida pelo delegado Cleyber Malta, do grupo da PF de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).Janot confirmou que foi ouvido, mas não falou sobre o conteúdo do depoimento.

O ex-PGR foi responsável pela negociação e assinatura do acordo de colaboração premiada dos ex-executivos do grupo J&F. A iniciativa serviu de base para que Janot denunciasse Temer no STF. A Câmara dos Deputados, no entanto, não autorizaram que o Supremo investigasse o presidente da República.

Coletiva


Em setembro, Janot convocou uma coletiva de imprensa na qual anunciou a abertura de uma investigação para apurar se os delatores teriam omitido informações do acordo. "Determinei hoje [segunda] a abertura de investigação para apurar indícios de omissão de informações sobre práticas de crime no processo de negociação para assinatura do acordo de delação no caso JBS. Áudios com conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo Ministério Público Federal na semana passada, precisamente, na quinta-feira, às 19h", disse Janot durante a coletiva à época.

A apuração foi aberta após pedido da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e já foi parcialmente concluída. Um dos investigados é o ex-procurador Marcello Miller, suspeito de atuar para a JBS enquanto ainda era integrante do MPF.

A PF já concluiu parcialmente a investigação sobre o caso JBS e descartou a ocorrência de crimes envolvendo as citações a ministros do STF. Em dezembro, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, se reuniu com a presidente do STF para falar sobre o caso.

Depois da audiência com Cármen Lucia, Segovia afirmou que o relatório é "parcial" e que a ministra é quem deve tornar públicas as conclusões da investigação. "As conclusões da investigação parcial estão nas mãos da ministra Cármen Lúcia e tão logo haja uma análise ela deverá expor ao público quais são essas conclusões", afirmou.

Janot, pouco antes de deixar o cargo de procurador-geral, rescindiu a colaboração premiada dos executivos da J&F.

O pedido ao Supremo foi corroborado pela atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge.


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