O urologista Miguel Srougi, que faz parte da equipe que cuida do presidente, explicou que, na quarta-feira passada, Temer sentiu desconforto, teve sangramento e não conseguiu expelir a urina. Inicialmente, não se sabia se a obstrução era causada por problemas na bexiga ou crescimento na próstata. No mesmo dia em que a Câmara votava a segunda denúncia da PGR, ele foi internado por sete horas no Hospital Militar, onde passou por procedimento para colocar uma sonda.
“Temer só veio para São Paulo pela proximidade com os médicos desta instituição”, esclareceu Srougi. Segundo ele, constatou-se que a retenção urinária era causada por crescimento da próstata, patologia que já havia acometido o presidente no passado e comum a 90% dos homens. “Foi feita biópsia para constatar que não haveria câncer e o resultado foi benigno”, disse o urologista. Em seguida, foi feita raspagem com “desobstrução uretal através de ressecção da próstata”. A cirurgia permite que ele volte a urinar normalmente e a possibilidade de que o quadro se repita é remota. O presidente passou a noite em uma unidade de terapia semi-intensiva e, segundo Srougi, deixará de usar sonda amanhã.
