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Estado de Minas

Vice-governador de MG é citado em esquema do PMDB, diz PF

Em relatório enviado ao Ministério Público, a Polícia Federal disse que Andrade teria posição de destaque


postado em 13/09/2017 11:13 / atualizado em 13/09/2017 14:34

Andrade teria atuado a favor da JBS como ministro da Agricultura(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Andrade teria atuado a favor da JBS como ministro da Agricultura (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

O vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, foi citado no relatório da Polícia Federal envolvendo a cúpula do PMDB em um esquema de corrupção. Segundo o mesmo inquérito que diz que o presidente Michel Temer recebeu R$ 31,5 milhões ao participar da “organização criminosa”, Andrade teria “posição de destaque” nos fatos investigados no episódio que ficou conhecido como "quadrilhão" do PMDB.

De acordo com a investigação, Andrade atuou, quando ministro da Agricultura, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, na edição de atos do ministério para favorecer a JBS. Em troca, a empresa teria pago R$ 7 milhões em propina a integrantes do PMDB.

Segundo escalão


Segundo a PF, a indicação de Antônio Andrade para o ministério foi feita diretamente pelo presidente Temer. O vice-governador mineiro é citado no segundo escalão do grupo, junto com ex-assessores de Temer, como o homem da mala, Rocha Loures.

Segundo apurou a PF, esses integrantes atuavam como executores de ordens do núcleo político ou gerencial. Em junho deste ano, Andrade foi citado em planilhas da JBS, junto com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Os documentos foram entregues ao Ministério Público Federal pelo executivo Ricardo Saud. Cunha teria lucrado pelo menos R$ 7 milhões em propinas pelo esquema de regulamentações feitas no Ministério da Agricultura.

 

Outro lado

Em nota, o vice-governador nega as acusações e diz que as informações de que ele teria recebido benefícios da JBS são “absolutamente falsas”. Ainda segundo ele, os contatos com integrantes do grupo ocorreram sempre em agenda oficial. “Afirmo que, durante a minha gestão à frente do Ministério (16/03/2013 a 17/03/2014), jamais editei qualquer ato normativo que privilegiasse a JBS ou qualquer outra entidade, e que as decisões tomadas na pasta naquele período nunca sofreram influências externas”, afirma na nota.

Ainda segundo Andrade, não há nenhuma denúncia envolvendo o nome dele. “Manifesto a minha certeza no esclarecimento dos fatos no âmbito do inquérito, e ressalto que não sou alvo de nenhuma denúncia e nem acusado pela prática de nenhum ilícito”, finaliza.


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