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Estado de Minas

Em dia com a política: A trilha sonora que não encanta o país


postado em 03/09/2017 12:00 / atualizado em 03/09/2017 12:20


A trilha sonora que não encanta o país


Antes, falar do Clube da Esquina. Faz tanto tempo, né? Afinal, “quando entrar setembro, quero ver crescer nossa voz, no que falta sonhar. Já choramos muito... Que venha nos trazer o sol de primavera... A lição sabemos de cor, só nos resta aprender...” Como a condição econômica não permitia frequentar clubes, um deles respondeu: “Nosso clube é aqui na esquina!”.

Para explicar a trilha sonora: dia 13, Lula depõe em Curitiba, já que seus advogados discordaram do juiz Sérgio Moro, que sugeriu videoconferência. Vai levar a militância petista, devidamente financiada pelas centrais sindicais, lá para a esquina depois e cantar Lula lá! se não for preso?

Melhor voltar aos músicos mineiros. Os registros vêm do Portal Vermelho, com um nome deste, nem precisa explicar. “Já na eleição para a Presidência da República deste ano (2014), os artistas estão ainda mais divididos, embora a presidenta Dilma ainda leve vantagem.”

Tem o detalhe: “Milton Nascimento, Fernando Brant e Fagner declararam apoio ao candidato tucano. Caetano Veloso e Gilberto Gil declinaram voto em Marina Silva. Chico Buarque, Racionais MC’s, Aderbal Freire-Filho, Camila Pitanga, Paulo Betti, Chico César, o grupo Teatro Mágico, entre outros, votam em Dilma”.

E “ainda”: percebeu o “já na eleição”, “embora Dilma” e os “entre outros”? Chico Buarque, petista, responde: vai passar. Vai passar nesta avenida... Só que já passou: um impeachment. Já “candidato tucano” não dá para deixar passar, era Aécio Neves. Tem mais na lista, mas o que importa é o autor da música, Ronaldo Bastos, com Beto Guedes. Quanto ao sol de primavera... Para Lula pode ser quadrado.

Enfim, a trilha sonora da política são as sirenes das viaturas policiais. O Ministério Público não concorda com a prisão domiciliar de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, dos governos de Lula e de Dilma, propôs acordo para tentar não ser preso. O Judiciário não concedeu direito de resposta a Lula no Fantástico, e por aí vai.

Por fim, melhor dar voz ao ministro do Supremo Luís Roberto Barroso: “Em qualquer ângulo que se queira olhar é devastador, do ponto de vista ético, político e econômico. Mas todos os países atravessam isso. Apesar de tudo, temos nos saído relativamente bem”.

Ato obsceno

Vai soltar de novo, senhor eminente magistrado José Eugenio do Amaral Souza Neto, do Tribunal de Justiça de São Paulo? Não era necessária a manutenção da prisão? Pois é, diante de sua decisão precoce, o tal Diego Ferreira de Novais foi detido novamente ontem de manhã. O motivo? Atacar outra passageira dentro de um coletivo na região da Avenida Paulista. O constrangimento que o senhor disse que não houve quem merece é você, quiçá no Conselho de Ética do TJ-SP.

Se não ofende

Lá vai a pergunta: Joesley Batista mentiu, omitiu e continua tendo o perdão eterno do procurador-geral. Prêmio igual ou semelhante será dado a um criminoso ainda mais notório e perigoso como Lúcio Funaro? Vem de nota oficial da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. Já que não foi citado, a coluna registra o nome do alvo dos ataques do presidente Michel Temer: o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aquele indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Será que vota?

Já que tem feriado quinta-feira, Dia da Independência, a pauta da semana na Câmara dos Deputados inclui sessão de debates na segunda e às 14h de terça votações em plenário, no plural, mas só tem uma pauta: a reforma política, a da cláusula de desempenho para acesso ao dinheiro do Fundo Partidário, o horário gratuito de rádio e TV e acaba com coligações partidárias nas eleições proporcionais. Quarta-feira, 9h, propostas remanescentes do dia anterior e acordos internacionais. À tarde e sexta, debates no plenário. Então, me corrijam se não for outro episódio da série “Acredite, se quiser”.

My God!

É matéria especial do site do Senado. O título “Antes da atual, a letra do Hino Nacional bajulava dom Pedro II”. Para mim, o maior governante que o Brasil já teve. Foi o único a perceber a importância do invento de Graham Bell e sua frase famosa: “My God, it speaks”. Com o fim do Império, os republicanos tentaram mudar o Hino Nacional. Só que o marechal Deodoro da Fonseca manteve a melodia, tão bela que é aplaudida mundo afora. Só mudou a letra. Bem nela, “lábaro”, “florão” e “garrida” permaneceram.

O título



“Macron afirma a Doria (foto) em Paris que estará em São Paulo em 2019.” Calma, gente. Nada a ver com a eventual candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), à Presidência da República. Até porque, a posse é em Brasília. O presidente da França, Emmanuel Macron, vem ao Brasil para a solenidade de abertura do Global Positive Forum. E, claro, será acompanhado pelo economista Jacques Attali, criador do Global Positive Planet. Ontem, Doria almoçou foi com o primeiro-ministro da França, Édouard Philippe.


Pingafogo

. Palanque não tinha, foi na TV, mas a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) subiu nele mesmo assim. E ainda ressaltou que se Lula não for candidato, ela será. Com amigas assim, Lula não precisa nem de adversários na eleição do ano que vem.

. A coluna não vai detalhar, tucanou, mas deixou nas entrelinhas do comentário sobre a nota Ato obsceno a frase “decisão precoce”. Mas, para bom entendedor meio trecho já basta, né?
O que foi citado fala por si.

. Só mais um detalhe: vale repetir trechos da nota oficial da Associação Paulista de Magistrados em defesa do juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto: “Ataques de maneira vil e covarde na imprensa e em redes sociais”. E agora? Cadê nova nota?

. Em tempo, ainda do ministro do STF Luís Roberto Barroso: “A situação brasileira, ruim como possa parecer, é melhor do que a dos nossos concorrentes diretos, como Rússia,
Índia, China e África do Sul”.

. Sobre o ex-ministro Guido Mantega (foto), vale explicar: na verdade, termo de compromisso é diferente da delação premiada, mas o resultado é o mesmo, entregar os outros.


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