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Estado de Minas

Coluna do Baptista Almeida


postado em 16/02/2017 12:00 / atualizado em 16/02/2017 12:46



É pura covardia querer comparar


Assim não dá nem para comparar. É covardia. Não é o caso de fazer juízo da questão, já que é o Ministério da Justiça que está em jogo. A escalação do presidente Michel Temer (PMDB) nem merecia ser sequer contestada, mas no meio do caminho tem o PMDB, tem o PMDB no meio do caminho errado. O partido quer a indicação do deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para o cargo.

O currículo do peemedebista: advogado no escritório Mauricio Campos e Pacheco Sociedade de Advogados, Nova Lima. Auditor, Tribunal de Justiça Desportiva, Belo Horizonte, de 2011 a 2014. Tem também estudos e cursos diversos: direito, Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG), especialização em direito penal econômico internacional no Instituto Brasileiro de Ciências Econômicas Criminais. E condecorações: Medalha dos Inconfidentes, Medalha da Ordem do Mérito Legislativo do Estado de Minas (Assembleia Legislativa – ALMG), em 2012.

Concorre com quem? Com Carlos Mário da Silva Velloso. Dele, registro “apenas”: é um filósofo, professor, advogado, óbvio, escritor, magistrado e um dos mais respeitados juristas brasileiros. Bem, para dar uma aula a Temer, mais detalhes. Foi professor de direito constitucional da UFMG, de direito tributário da UNA, de direito constitucional da UnB (Universidade de Brasília), professor emérito em quase todas elas e, só para registrar mais uma vez, doutor “honoris causa” da Universidade de Craiova, na Romênia.

Chega de currículo e voltemos à política: “O PSDB apoia qualquer nome qualificado que o presidente da República vier a indicar. Essa não pode ser uma indicação partidária. Vejo muitas especulações de que o partido ‘A’ prefere o nome desse ou daquele candidato. O cargo de ministro da Justiça não combina com indicações partidárias”. É o presidente tucano, senador Aécio Neves (MG), falando ontem.

Tucanou, mas com o “nome qualificado” no meio do caminho, volte ao parágrafo que antecede a fala de Aécio. No meio do caminho de sua declaração tem a “qualificação” necessária. Currículos acima falam por si.

Voo mais alto
Ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMG), Dinis Pinheiro continua com alta cotação entre os partidos. Depois de Ronaldo Caiado, outra liderança nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto, também corteja o deputado para que ele deixe o PP. E Dinis tem outro padrinho forte para uma eventual mudança: o deputado federal Carlos Melles, que foi ministro de Esporte e Turismo no governo FHC e é presidente estadual dos democratas. Pesa a favor de Dinis o potencial de crescimento, o que o torna uma alternativa para voos mais altos do DEM nas próximas eleições estaduais.

O escolhido
“Olha, eu quero, em primeiro lugar, para não ser repetitivo, saudar todas as figuras expressivas que já foram mencionadas pelos oradores que me antecederam. Mas eu quero dizer uma coisa, creio, Blairo, muito importante. Autorizamos 140 mil toneladas de milho para o Nordeste. Eu quero neste ato autorizar mais 60 mil toneladas, portanto perfazendo 200 mil toneladas de milho para o Nordeste”. É discurso do presidente Michel Temer (PMDB).

O esquecido
Bem, Blairo Maggi é o atual ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Vale o registro sobre as toneladas para o Nordeste do discurso presidencial. E é importante registrar, no entanto, que Maggi foi governador e senador do Mato Grosso. Já que não ofende, só para o Nordeste? Para o Centro-Oeste, nada? Foi esquecido?

O rio nacional
A coluna costuma repetir muito a sensatez com que o senador Antonio Anastasia  (PSDB-MG) conduz o seu mandato. Antes que reclamem, um registro que interessa de perto aos mineiros e a muitos brasileiros: “Antes de falarmos em transposição, à qual somos favoráveis, deveríamos falar na revitalização. É fundamental que o Rio São Francisco – que é um rio nacional, já que perpassa vários estados da Federação – tenha, de fato, um programa e um projeto específicos”. Nem precisa transpor mais comentários.

Cidadania é isso
Por enquanto, é só das 8h às 12h, mas a promessa é de ser ampliado para o resto do dia. É importante, afinal, trata-se do atendimento presencial em Libras no Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) da Assembleia Legislativa (ALMG). Já funciona desde segunda-feira. É medida que merece registro com os devidos elogios, porque dá direito a quem precisa diante da dificuldade de se comunicar por causa de problemas auditivos. Um bom sinal, não é?

Me engana...
... que não gosto. Sobre o texto que abre a coluna: representantes da Frente Parlamentar de Agropecuária foram ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, entregar pedido para que o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) seja nomeado ministro da Justiça. E não pouparam o outro colega de partido: “um dos cotados para o cargo, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), caiu na bolsa de apostas por sua atuação contra o mensalão e críticas ao Ministério Público”. PMDB contra a Operação Lava-Jato? Com Sérgio Moro e tudo? Me poupe!

PINGAFOGO

Sobre o resultado da pesquisa espontânea CNT/MDA, divulgada ontem, vale um registro: “A um ano e meio do pleito, os indecisos são o maior contingente: 57,1%. Brancos e nulos somam 10,7%”.

Tradução simultânea: Os brasileiros estão nem aí! Nem era preciso fazer as contas, mas 57,1% mais 10,7% é igual a 67,8%. “Apenas” um pouco mais de dois terços do eleitorado.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere aos turistas que planejam vir ao Brasil no carnaval que se vacinem contra a febre amarela. Tradução simultânea: na prática, a OMS sugere sinal vermelho, não vá ao Brasil.

O termo ‘gestores’ é duro, mas como é da área de educação, vale o registro: “Especialistas da área de segurança pública, políticas para a juventude e articulação em rede estarão reunidos com gestores da Rede Municipal de Educação”.

Será semana que vem. O objetivo: traçar estratégias para fortalecer a segurança escolar. Presente o secretário municipal de Segurança Urbana e Patrimonial de BH, Cláudio Beato, que é do ramo. As antigas “guerras” com a polícia, deixa para lá.

 


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