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Estado de Minas

Dilma diz, na Espanha, que país 'não está bem' e fala em 'segundo golpe' contra Lula

A ex-presidente criticou a Pec do Teto que, segundo ela, pode prejudicar conquistas sociais


postado em 25/01/2017 10:18 / atualizado em 25/01/2017 10:37

Dilma concedeu entrevista nesta manhã(foto: Mar Badia / Reprodução da internet (cadenaser))
Dilma concedeu entrevista nesta manhã (foto: Mar Badia / Reprodução da internet (cadenaser))

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quarta-feira, que o Brasil “não está bem” após o impeachment sofrido por ela e que a crise se aprofundou com sua saída da Presidência. Em entrevista ao programa “Hoy por Hoy”, em uma rádio espanhola, a petista criticou o sucessor, presidente Michel Temer (PMDB) e disse que suas medidas são para acabar com o bem estar conquistado pelos governos do PT. Também falou sobre o “risco” de surgirem vários Trumps no mundo.

Em portunhol, Dilma disse que a “falta de perspectiva de um governo ilegítimo” leva à piora da situação no Brasil. “A crise econômica após minha saída se aprofundou, a crise política se radicalizou”, afirmou.

Segundo ela, o país está muito instável e há muitas contradições entre Legislativo e Judiciário. “O Brasil não precisa estar em uma situação dessa porque tem uma economia forte, não tem dívidas e tem grandes reservas”, afirmou. Dilma criticou a PEC do Teto, pela qual Temer congelou os gastos públicos por 20 anos, e disse que ela pode prejudicar conquistas, como o Bolsa-Família.

A ex-presidente disse ter sofrido um golpe, cujo objetivo era reintroduzir no Brasil uma política interrompida que distribui renda à elite.

Confira o áudio:

 

Segundo golpe

 Em entrevista coletiva nesta terça-feira em Sevilha (Espanha), antes de fazer a abertura de um seminário internacional, Dilma disse que impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja candidato em 2018 seria um "segundo golpe", pois as pesquisas o mostram na dianteira. Segundo a petista, Lula foi acusado de corrupção por um promotor "sem provas mas com convicção".

Muitos Trumps


Ela citou a desigualdade social, que faz com que 1% da população concentre renda em detrimento de 99%, e disse que esse quadro favorece a eleição de lideranças como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “A política passa a ser incapaz de prover as necessidades e os sonhos das pessoas, aí surgem líderes que prometem e atribuem a bodes expiatórios as fraquezas de um sistema. Creio que muitos Trumps aparecerão no mundo se continuar esse processo de desigualdade”, disse.

Dilma disse considerar “estarrecedor” que Trump vá construir um muro no México para impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos. “Eu pensava que era só uma retórica”.

 

 


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