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Estado de Minas

Governo busca nome para substituir secretário que defendeu massacres

Líder jovem do PSC é cotado para o seu lugar


postado em 08/01/2017 06:00 / atualizado em 08/01/2017 09:13

Brasília – Menos de 24 horas depois da queda do ex-secretário Nacional da Juventude do governo Bruno Júlio, por declarar que deveria haver uma chacina de bandidos por semana, já começou a movimentação pelo nome de um substituto ao cargo. Fiel aliado e com um relacionamento cada vez melhor com o presidente Michel Temer, o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), aposta na indicação de Samuel Coelho de Oliveira, presidente da juventude da legenda.


De férias na Itália, Samuel foi chamado para voltar ao Brasil o mais rápido possível para articular o apoio ao seu nome, que já vem sendo feito a distância por meio do WhatsApp. O jovem advogado do Distrito Federal, de 23 anos, já conta com a anuência de lideranças da Juventude Popular Socialista (JPS), do PPS, e do Movimento da Juventude PTB (JPTB). A intenção é ter o apoio de todas as juventudes dos partidos da base.

Ela retorna a Brasília amanhã para seguir as negociações. “Estamos reunindo as lideranças jovens de diversos partidos para chegar em um nome comum”, afirmou Samuel. Questionado sobre a opinião do ex-secretário em relação aos massacres nos presídios, o líder da juventude do PSC afirmou que foi um comentário infeliz. “Quando o assunto são vidas devemos olhar para o ser humano em si e não para a sua atual situação. Como jovem cristão, defendemos a vida acima de tudo.”

Filho do deputado estadual mineiro Cabo Júlio (PMDB), Bruno Júlio, também peemedebista, pediu demissão do cargo – para o qual foi nomeado em junho do ano passado –, após vir a público a declaração dada ao jornal O Globo na noite de sexta-feira: “Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né? Tinha era que matar mais. Tinha que fazer uma chacina por semana”.

Depois, no Facebook, tentou se redimir dizendo que falou com cidadão e não como representante do governo. “Está havendo uma valorização muito grande da morte de condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de família que está saindo ou voltando do trabalho (…) O que eu quis dizer foi que, embora o presidiário também mereça respeito e consideração, temos que valorizar mais o combate à violência com mecanismos que o Estado não tem conseguido colocar à disposição da população plenamente.”

As declarações de Bruno causaram mal-estar no Palácio do Planalto, que se limitou a dizer que o ex-secretário falou de um assunto que não era da área dele. Questionado, o Planalto não se manifestou sobre a indicação de um substituto para o cargo.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, a exoneração deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. A secretaria é diretamente vinculada à Presidência da República. Bruno Júlio também é presidente licenciado da Juventude Nacional do PMDB. Em nota, ele disse ter falado “em caráter pessoal” ao jornalista, após a entrevista.

 


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