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Estado de Minas

Vice marca reunião com prefeitos e deputados que preferem encontrar Pimentel

Antônio Andrade tenta mostrar força, mas bancada estadual do seu partido prefere encontro com Pimentel no mesmo horário, reafirmando apoio ao governador


postado em 03/12/2016 07:36 / atualizado em 03/12/2016 07:36

O almoço que o vice-governador de Minas, Antônio Andrade (PMDB), organizou ontem no Hotel Ouro Minas, em homenagem aos prefeitos, vice e vereadores eleitos do partido, acabou esvaziado, sem a presença dos deputados estaduais da legenda. Eles foram convidados para o evento, mas preferiram ir a um almoço com o governador Fernando Pimentel (PT) no Palácio da Liberdade, deixando bem claro de que lado estão.  Oficialmente, a bancada não quis participar do encontro com Andrade, que preside o PMDB em Minas Gerais, alegando que o evento foi marcado sem que eles fossem consultados. Dos 13 parlamentares, apenas Isauro Calais prestigiou o vice.

Os deputados estaduais compareceram em peso ao encontro com Pimentel e deixaram claro o clima de animosidade com o vice-governador, que momentos antes, no seu almoço com os prefeitos, disse que está pronto para assumir a titularidade do governo caso Pimentel seja afastado em razão da Operação Acrônimo. Quem verbalizou a rixa foi o principal interlocutor de Pimentel no Legislativo. Logo na chegada, o líder do governo, Durval Ângelo (PT), acusou Andrade de trabalhar pela derrubada de Pimentel para assumir o seu cargo.

“Ele (Andrade) está diretamente envolvido na tentativa de tirar o governador do cargo, o que não vai acontecer porque os 13 deputados do PMDB, por uma tradição que já vai para mais de 20 anos, se articulam com o PT na Assembleia”, disse. Durval disse ter confiança de que Pimentel não será afastado porque, segundo ele, o governador não cometeu nenhum crime e as provas da Operação Acrônimo são “forçadas e fraudadas”.

O líder disse ainda que, hoje, não existe qualquer chance de Antônio Andrade concorrer novamente como vice de Pimentel. “Acho que o risco de afastamento do governador não existe. Se ele quiser ser governador de Minas Gerais, o senhor Toninho Andrade, ele tem que se candidatar a governador e ter mais de 5 milhões de votos, como o governador teve”, afirmou. Durval disse ainda que se ele não quiser seguir o caminho do voto, terá o destino dos traidores: “Que é o esquecimento, o desprezo, o ridículo”. Durval disse que a situação entre Pimentel e Andrade não é desejável. “Atrapalha de alguma forma sim, você ter dentro do governo jogando contra o governo”, lamentou.

Apoio O secretário-geral do PMDB, deputado Sávio Souza Cruz, confirmou que a bancada foi reforçar o apoio a Pimentel por ocasião da reeleição do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes, e disse que, se Andrade não tem posição sobre o caso de Pimentel, está contra a bancada. “O partido que ele preside deliberou fechar questão favorável à tese do não afastamento do governador, é a bancada que ele preside, se ele disse isso (que não fará nada a favor nem contra o afastamento) a posteriori dessa posição, ele é que não está consonante com a bancada”, afirmou.

Questionado sobre a relação da bancada estadual com o vice-governador, que preside o partido em Minas, Sávio lembrou que no último teste os deputados estaduais desautorizaram Andrade. Na ocasião, o vice-governador declarou apoio no segundo turno da eleição municipal ao deputado João Leite (PSDB), maior desafeto de Pimentel na Assembleia.

Cargo Perguntado sobre o motivo da ausência da bancada estadual no seu almoço, Andrade apressou-se em se defender. “Não tenho feito absolutamente nada. O problema do governador é jurídico, não podemos fazer nada para ajudá-lo nem para atrapalhar”, afirmou. Andrade disse ainda que não está “nem torcendo” por qualquer desfecho. “Fui eleito vice-governador até 31 de dezembro de 2018 e gostaria muito de permanecer no cargo, mas se acontecer de ter que assumir, nós vamos assumir”, disse, acrescentando que o vice tem de estar pronto o tempo todo. Andrade disse que tem conversado com Pimentel e que não há nenhum movimento contrário ao petista. Questionado se teria pedido aos deputados estaduais para votar pela autorização ao STJ para processar Pimentel, Antônio Andrade negou. “Não conversei com nenhum dos 13 deputados estaduais, não falei como deveriam votar, nem sim nem não.”


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