(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Incidentes marcam dia da abertura oficial

Manifestações, caos no trânsito, greve, prisão de lutador de boxe do Marrocos por abuso sexual e reclamações da segurança na Vila Olímpica conturbaram a capital fluminense


postado em 06/08/2016 00:12 / atualizado em 06/08/2016 07:59

Sexta-feira de manifestações, protestos e caos no trânsito em algumas regiões do Rio de Janeiro, no dia em que ocorreu a solenidade de abertura dos Jogos Olímpicos Rio’2016, os primeiros em um país da América do Sul. Passeatas, greve e ameaças de paralisação, além de acidentes e engarrafamentos. Foi assim que começou o dia na chamada Cidade Maravilhosa. As manifestações também obrigaram o desvio do trajeto previsto para a tocha olímpica em Copacabana, na Zona Sul, e causou atraso na programação. Por volta das 15h, a chama terminou o trajeto no Aterro do Flamengo, na pista lateral, junto ao Monumento aos Pracinhas.


Logo cedo, na Praça da Bandeira, no Centro da cidade, manifestantes saíram em marcha, rumo ao Maracanã, local da abertura, com faixas protestando contra a morte de policiais em favelas e exigindo providências e aumento da segurança para o cidadão do Rio de Janeiro. Em Botafogo, servidores protestavam por aumento de salário e também pelo fim dos atrasos nospagamentos, o que vem ocorrendo há dois meses diante da crise financeira do estado.
A ameaça maior vem dos funcionários do metrô, que decretaram ontem estado de greve em função dos baixos salários. Uma assembleia estava marcada para a noite e que poderia decretar a paralisação do serviço, o que para o prefeito Eduardo Paes e para a organização dos Jogos Olímpicos seria o caos. Uma pergunta passava de boca em boca: “Como fazer a Olimpíada sem o metrô?”.


Um protesto contra o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), que também pedia a volta da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), tomou conta da Avenida Atlântica. O ato, organizado pelo Conlutas de São Paulo (CSP) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), reuniu cerca de 3 mil pessoas que se concentraram em frente ao Copacabana Palace. Manifestantes aproveitaram para criticar a realização da Olimpíada no país. Anéis olímpicos com a foto de Temer e faixas como “calamidade olímpica” podiam ser vistos no protesto, assim como bandeiras de diversos sindicatos. Carros de som ditavam palavras de ordem. O ato começou na altura do Copacabana Palace.


Familiares de policiais militares mortos também fizeram ato no Maracanã, Zona Norte, onde, à noite, ocorreu a cerimônia de abertura da Olimpíada. No meio do percurso, parentes e amigos das vítimas foram impedidos de passar pela via principal por causa das interdições de segurança para a festa. No ato, viúvas fizeram orações e soltaram balões brancos manchados de tinta vermelha, simbolizando o sangue das vítimas. Os balões tinham fotos dos PMs mortos. Quando chegaram ao Maracanã, por volta das 11h, elas entregaram flores e abraçaram os PMs que estavam no entorno do estádio, em razão dos Jogos Olímpicos.

Assédio sexual Tudo isso foi apenas o início de incidentes que conturbaram o dia da Olimpíada, especialmente após a prisão do lutador de boxe do Marrocos Hassan Saada, depois que ele tentou beijar duas camareiras da Vila Olímpica. Ele está preso temporariamente por 15 dias por assédio sexual. Ele é acusado de usar sua força para impedir que as trabalhadoras reagissem.


A juíza Larissa Nunes Saly, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, afirmou que a prisão foi necessária por se tratar de atleta estrangeiro, sem residência fixa no país. O boxeador foi incluído no artigo 213 do Código Penal, pelo crime de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.


Em sua decisão, a juíza ainda puxou a orelha do boxeador: “É inacreditável que um atleta que deveria vir ao país para passar uma mensagem de espírito olímpico aja com total desrespeito com quem o acolhe, cometendo atos gravíssimos e repudiados em qualquer lugar do mundo”. Hassan foi transferido ontem mesmo para o Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste . Por não ter curso superior, ele ficará em uma ala destinada aos presos comuns.

Sumiço A segurança também se transformou em preocupação de atletas da Grã-Bretanha na Vila Olímpica. A equipe decidiu proibir camareiros brasileiros de entrarem em seus quartos por temer o furto dos equipamentos para execução dos esportes. Os atletas afirmam que malas desapareceram misteriosamente. Segundo o grupo, nove de um total de 3 mil peças da bagagem se extraviaram entre Belo Horizonte, onde se prepararam para os Jogos, e a entrada da Vila Olímpica. Os responsáveis pela organização dos Jogos afirmaram que já adotaram todas as providências para localizar as bagagens. (Com agências)

 

 

Mochila suspeita

Uma mochila esquecida por um turista israelense provocou, no início de ontem, a interdição de uma das pistas que dão acesso ao aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. O Esquadrão Antibombas da Polícia Federal (PF) foi chamado e militares da Marinha bloquearam um perímetro de aproximadamente 100 metros do local onde estava a mochila. O bloqueio, que durou quase uma hora, gerou transtorno aos passageiros que se deslocavam para o aeroporto. Eles tiveram de desembarcar no meio da via e seguir a pé, carregando malas, para não perder o horário do voo. Quando os policiais federais se preparavam para abrir a mochila suspeita, inclusive com o uso de um robô, o turista israelense chegou, informando que havia esquecido a mochila na calçada enquanto esperava um táxi. Os policiais e um amigo do turista foram até a mochila e a esvaziaram, para ter certeza de que não havia nada suspeito.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)