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Estado de Minas

Chefe de gabinete de Feliciano é preso, após denúncia de assédio contra o deputado

A agressão teria ocorrido no apartamento funcional do parlamentar em Brasília, na manhã do dia 15 de junho. O assessor é acusado de sequestro


postado em 05/08/2016 19:52

O chefe de gabinete do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi preso preventivamente nesta sexta-feira, em São Paulo. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, Talna Bauer é acusado de sequestro qualificado contra a jornalista Patrícia Lélis, de 22 anos, que acusa o parlamentar de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.

Em depoimento, a jornalista Patrícia Lelis, ex-militante do PSC jovem, forneceu detalhes de como, segundo ela, Feliciano a atraiu para seu apartamento funcional e tentou abusá-la sexualmente. ““Ela tentou levantar meu vestido e tirar minha blusa. Como eu não deixei, ele me deu um soco na boca e um chute na perna”, disse.

O assessor de Feliciano teria obrigado Patrícia a gravar vídeos em que desmente a denúncia. A investigação será encaminhada para Brasília porque Feliciano tem foro privilegiado. “Vamos apurar o caso com muito cuidado, disse o delegado resoonsavel pelo caso, o delegado Luís Roberto Hellmeister, titular da 3 CP.

Depois da denúncia ter sido publicada no final de julho pela coluna Esplanada, assinada pelo jornalista Leandro Mazzini, e de virem à tona supostas mensagens de whatsapp trocadas entre Patrícia e o pastor, a jovem publicou nas redes sociais dois vídeos desmentindo a acusação e inocentando Feliciano. Esses vídeos que teriam sido feitos sob pressão do assessor.

Após a divulgação da fala de Patrícia, o jornalista divulgou áudios com mais detalhes da denúncia.

Na gravação, Patrícia supostamente afirma que ainda não denunciou o caso à Polícia Civil para não prejudicar a igreja, os evangélicos e também ela. “Eu não posso sair prejudicada porque, se eu ver que eu vou sair prejudicada, aí eu vou na delegacia”, afirma a voz feminina do aúdio, supostamente Patrícia.

Ainda no áudio revelado, o homem pressiona para que ela não faça a denúncia. “No partido, ele já tem que pedir perdão”, afirma o homem, alegando que esse áudio é falso e que já foi desmentido por Patrícia em seu Facebook.

Nessa quinta-feira, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediu ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que investigue o caso.

Encaminhado ao procurador-geral Leonardo Roscoe Bessa, o documento pede que o caso seja esclarecido alegando que a denúncia é “mais um caso de assédio de assédio sexual, praticado por figura tida como zeladora de direitos e garantias individuais, mais uma demonstração do cenário machista que compõe nosso parlamento e sociedade”, diz o documento encaminhado ontem ao MPF.

Com Agência Estado


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