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Estado de Minas

Investigados conduzidos na Caça-Fantasmas são funcionários de banco panamenho

Operação Caça-Fantasmas é um desdobramento da Lava-Jato e foi deflagrada na manhã desta quinta-feira


postado em 07/07/2016 11:37 / atualizado em 07/07/2016 12:02

São Paulo - Todos os sete suspeitos que estão sendo conduzidos coercitivamente na operação Caça-Fantasmas, 32ª fase da Lava-Jato, deflagrada na manhã desta quinta-feira são funcionários do banco panamenho FPB, informou em coletiva, concedida em Curitiba, a força-tarefa que comanda essas investigações. Um dos alvos principais é Edson Paulo Fanton, que é parente de um delegado da PF.

Segundo o delegado Rodrigo Sanfurgo, os suspeitos - cujas identidades ainda não foram reveladas - foram identificados após a descoberta de um telefone criptografado na Mossack Fonseca, empresa que já foi alvo da 22ª fase da Lava-Jato. "Esta fase agora tem o objetivo de desvendar quem eram os clientes desse banco, como os valores eram movimentados, e até ajudar a descobrir os volumes exatos de recursos, se é que é possível mensurar esse fluxo", comentou.

O delegado deixou claro que o FPB tem autorização para funcionar no Panamá, mas não no Brasil, o que já constitui um crime contra o sistema financeiro nacional. "Não é razoável que uma pessoa busque uma instituição sem autorização no Brasil senão para fins ao menos duvidosos", afirmou em relação aos clientes do banco panamenho.

Dos sete investigados na operação desta quinta, cinco teriam função de gerente no banco, enquanto os outros dois exerciam papéis secundários. Nelson Pinheiro, que aparece no site do FPB como presidente da junta diretiva, não é investigado neste momento, de acordo com a PF.

A polícia ainda não sabe quantos clientes o FPB tem no Brasil nem há quanto tempo a instituição atuava no País, mas diz que "não é algo recente". Segundo Sanfurgo, "ainda é cedo para dizer" se outros bancos podem estar envolvidos no esquema. Os mandados cumpridos hoje abrangem um escritório em Santos, outro em São Bernardo do Campo e o restante na capital paulista.

A procuradora Jerusa Burmann Viecili destacou na coletiva de imprensa a complexidade do esquema criminoso, que pode ter facilitado a ocultação de recursos públicos desviados, pois havia uma dupla camada de lavagem de dinheiro.

"Primeiro se constituíam offshores sediadas em paraísos fiscais para ocultar os reais donos do dinheiro e em seguida essas offshores mantinham contas em um banco clandestino."

De acordo com a própria PF, apesar de Edson Fanton ter um parente que é delegado federal, não há nada que indique a participação desse policial no caso.


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