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Estado de Minas

Banco clandestino atuava no Brasil para lavar propina, diz Lava-Jato

O delegado da Polícia Federal, Rodrigo Sanfurgo, disse na manhã desta quinta-feira que o esquema de corrupção na Petrobras envolve "complexidade e sofisticação" reveladas pelas investigações da força-tarefa da Lava-Jato


postado em 07/07/2016 11:13 / atualizado em 07/07/2016 11:54

Integrantes da força-tarefa da Lava-Jato durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira(foto: Reprodução/Youtube)
Integrantes da força-tarefa da Lava-Jato durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (foto: Reprodução/Youtube)

O delegado da Polícia Federal Rodrigo Sanfurgo disse nesta quinta-feira que as investigações da Lava-Jato "chegaram na terceirização do crime organizado" para a lavagem de recursos desviados da Petrobras. "Durante as investigações nos deparamos com doleiros, operadores, laranjas e empresas de fachada. Agora, com uma espécie de private bank, com os funcionários indo até a casa dos clientes", afirmou o delegado, que, juntamente com integrantes da força-tarefa da Lava- Jato do Ministério Público e da Polícia Federal, concedeu entrevista à imprensa nesta quinta-feira para explicar essa 32ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Caça-Fanstasmas.

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou a 32ª fase da Operação Lava-Jato com a descoberta de uma instituição financeira, a FPB,  com sede no Panamá, na América Central, com funcionamento clandestino no Brasil. A Justiça expediu para cumprimento sete mandados de condução coercitiva -, conforme o delegado, todos de funcionários da instituição financeira, que atuava nas cidades de São Paulo, Santos e São Bernardo do Campo, não em agências bancárias, mas em escritórios na capital paulista e nessas cidades onde houve também cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão.

Beneficiados e valores


Conforme o delegado Rodrigo Sanfurgo, as investigações só conseguiram desbaratar a instituição financeira. Segundo Sanfurgo, ainda não se sabe quantos foram os beneficiados nem os valores que passaram pelo private banking panamenho, especializado em comercializar empresas offshores, uma das formas encontrada por criminosos para lavar e mandar dinheiro para paraísos fiscais.

A polícia Federal identificou ao menos 44 offshores constituídas pela Mossack Fonseca por solicitação dos funcionários do banco panamenho FPB.

A etapa deflagrada nesta quinta-feira é um desdobramento da 22ª fase da Lava-Jato, que teve como alvo a Mossack Fonseca & Corporate Services, uma vez que os representantes do banco usavam os serviços da Mossack Fonseca para constituir offshores para seus clientes e procediam a abertura e gerenciamento de contas sediadas

De acordo coma Polícia Federal, os funcionários do banco panamenho no Brasil, além de atuarem de forma clandestina, garantiam anonimato aos seus clientes. A partir da constituição das offshores, eles abriam e gerenciavam contas bancárias no exterior em em nome dos beneficiados, permitindo a ocultação dos valores. A Polícia Federal garante que há evidências de que offshores fornecidas pela Mossack foram usadas para ocultar recursos provenientes dos desvios perpetrados em detrimento da Petrobras

Crimes


São apuradas nesta operação as práticas de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de ativos e organização criminosa transnacional.

Caça-Fantasmas


O nome Caça-Fantasmas é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase da operação policial e remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação - que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.


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