São Paulo - O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da operação Lava-Jato, rebateu nesta quarta-feira, 30, os argumentos de que a Lava-Jato tem efeitos prejudiciais à economia brasileira. Em referência indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a aliados, Lima afirmou que, por trás desse discurso, há a intenção de proteger o patrimônio de grandes empreiteiras que são controladas por famílias.
"Por isso somos muito rígidos em relação às leniências (aos acordos de leniência). Se fosse uma empresa capital aberto a questão seria mais justa, mas salvar uma empresa de capital fechado, de propriedade de famílias que se beneficiaram? Vejam a história por exemplo dessas planilhas antigas de uma determinada empreiteira (Odebrecht). Vamos salvar o patrimônio delas?", questionou. "Está certo, é preciso salvar empregos, concordo, entretanto, esse é um discurso que, por trás dele, está a salvação do patrimônio dessas famílias."
O procurador argumentou que empregos "vão e vêm" e que a operação trabalha para acabar com um sistema de corrupção que se tornou de sustentação política no Brasil. Além disso, ele avaliou que a solução pode passar pela abertura externa do mercado de construção no Brasil, o que pode ser positivo.
"Estamos falando de salvar o capital de famílias, de pessoas. Os empregos vão e vem, o mercado vai continuar precisando de obras, outras empresas aparecerão. Quem sabe teremos que abrir para empresas estrangeiras e isso torne o mercado um pouquinho menos sujeito à corrupção, porque teremos muito mais concorrência."
Em discursos recentes, Lula vem criticando a Lava-Jato e os vazamentos da operação em relação ao impacto sobre a economia brasileira.
Um dia após o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki tirar das mãos do juiz Sérgio Moro o processo no qual Lula é investigado, o ex-presidente pediu a sindicalistas que pressionem a força-tarefa da Operação Lava-Jato a dar explicações sobre os "efeitos econômicos negativos" da investigação.
"Essa operação de combate à corrupção é uma necessidade para este País. Eu só acho que vocês deveriam procurar a força-tarefa, o juiz, para saber o que eles estão discutindo sobre quanto essa operação já deu de prejuízo para este País. Será que não dá para combater a corrupção sem fechar as empresas? Já ouvi falar de R$ 200 bilhões, R$ 250 bilhões de prejuízo", disse Lula na ocasião.
Odebrecht
Também nesta quarta-feira, Lima afirmou que o Ministério Público Federal não está em negociação para fechar acordo de leniência com a Odebrecht - ressaltando que falava pelo MP e não pela Controladoria Geral da União (CGU), que tem poder para fechar em sua competência um acordo de cooperação com a empreiteira.
Lima ainda negou que haja qualquer conversa para delação premiada de Marcelo Odebrecht.
"Por isso somos muito rígidos em relação às leniências (aos acordos de leniência). Se fosse uma empresa capital aberto a questão seria mais justa, mas salvar uma empresa de capital fechado, de propriedade de famílias que se beneficiaram? Vejam a história por exemplo dessas planilhas antigas de uma determinada empreiteira (Odebrecht). Vamos salvar o patrimônio delas?", questionou. "Está certo, é preciso salvar empregos, concordo, entretanto, esse é um discurso que, por trás dele, está a salvação do patrimônio dessas famílias."
O procurador argumentou que empregos "vão e vêm" e que a operação trabalha para acabar com um sistema de corrupção que se tornou de sustentação política no Brasil. Além disso, ele avaliou que a solução pode passar pela abertura externa do mercado de construção no Brasil, o que pode ser positivo.
"Estamos falando de salvar o capital de famílias, de pessoas. Os empregos vão e vem, o mercado vai continuar precisando de obras, outras empresas aparecerão. Quem sabe teremos que abrir para empresas estrangeiras e isso torne o mercado um pouquinho menos sujeito à corrupção, porque teremos muito mais concorrência."
Em discursos recentes, Lula vem criticando a Lava-Jato e os vazamentos da operação em relação ao impacto sobre a economia brasileira.
Um dia após o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki tirar das mãos do juiz Sérgio Moro o processo no qual Lula é investigado, o ex-presidente pediu a sindicalistas que pressionem a força-tarefa da Operação Lava-Jato a dar explicações sobre os "efeitos econômicos negativos" da investigação.
"Essa operação de combate à corrupção é uma necessidade para este País. Eu só acho que vocês deveriam procurar a força-tarefa, o juiz, para saber o que eles estão discutindo sobre quanto essa operação já deu de prejuízo para este País. Será que não dá para combater a corrupção sem fechar as empresas? Já ouvi falar de R$ 200 bilhões, R$ 250 bilhões de prejuízo", disse Lula na ocasião.
Odebrecht
Também nesta quarta-feira, Lima afirmou que o Ministério Público Federal não está em negociação para fechar acordo de leniência com a Odebrecht - ressaltando que falava pelo MP e não pela Controladoria Geral da União (CGU), que tem poder para fechar em sua competência um acordo de cooperação com a empreiteira.
Lima ainda negou que haja qualquer conversa para delação premiada de Marcelo Odebrecht.
