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Estado de Minas

Com agravamento da crise, PMDB ameaça romper aliança com o governo

PMDB faz convenção no próximo sábado para eleger novo diretório do partido. Dois emissários de peso sondaram os ânimos nessa quarta-feira dos peemedebistas: o ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva e o ministro Jaques Wagner


postado em 10/03/2016 08:51 / atualizado em 10/03/2016 09:47

Temer e demais peemedebistas serão o fiel da balança na crise que se agrava a cada dia(foto: Edu Andrade/FatoPress/Estadao Conteúdo)
Temer e demais peemedebistas serão o fiel da balança na crise que se agrava a cada dia (foto: Edu Andrade/FatoPress/Estadao Conteúdo)
O PMDB pode oficializar o desembarque do governo no próximo sábado. Ao menos foi o que disse o vice-presidente da República e presidente do partido, Michel Temer, nessa quarta-feira ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Após almoçar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, foi ao Palácio do Jaburu, residência oficial dos vices, para conversar com o vice-presidente Michel Temer. No encontro, que durou cerca de 20 minutos, Wagner quis "medir a temperatura do PMDB", que tem convenção marcada para o próximo sábado ( 12) para escolher novo diretório da legenda.

A ameaça dos peemedebistas de deixar o governo não é de hoje. Mas agora o desembarque parece iminente com o agravamento da crise após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (4), e o vazamento da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido) acusando Dilma de tentar interferir nas investigações da Operação Lava-Jato.

No próximo sábado, o PMDB faz convenção para eleger o novo diretório do partido, com a expectativa de recondução de Temer à presidência do partido por mais dois anos. Em dezembro passado, Temer já havia ensaiado um rompimento com o governo por meio de uma carta endereçada à presidente Dilma Rousseff.


Na ocasião, ministros ligados a Dilma culparam Temer pelo agravamento da crise política e disseram que o gesto dele, rompendo com o governo, funcionou como um gatilho para que alas do PMDB e de outros partidos da base aliada se rebelassem contra Dilma. Temer tentou minimizar o ato. "Eu não estou rompendo com o governo, mesmo porque sou o vice-presidente. Fiz apenas um desabafo, que já deveria ter feito há muito tempo", afirmou Temer na ocasião.

Agora,  no encontro do próximo sábado, Temer e outros caciques do PMDB avaliam lançar a proposta para liberar a bancada do partido na Câmara na votação do impeachment da presidente e de outras matérias relacionadas à pauta econômica, entre elas as relacionadas com o ajuste fiscal  e a reforma da Previdência.

Nessa quarta-feira (9), Lula se reuniu com o senadores peemedebistas ede outros partidos da base aliada. Após a reunião com Lula, senadores tucanos, entre eles o senador Aécio Neves, também presidente nacional do PSDB, também tiveram um encontro reservado com os parlamentares peemedebistas. O PMDB é cobiçado por ser o fiel da balança para governistas e oposição. A bancada dos peemedebistas conta com 66 deputados na Câmara e 17 senadores.


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