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Estado de Minas

Em nota, Delcídio nega teor de delação divulgado em reportagem

No texto, o senador não desmente que tenha dado algum depoimento à força tarefa que cuida das delações da Operação Lava-Jato


postado em 03/03/2016 17:09 / atualizado em 03/03/2016 17:40

(foto: Jane de Araújo/Agência Senado (10/06/2015))
(foto: Jane de Araújo/Agência Senado (10/06/2015))

O senador Delcidio do Amaral (PT-MS) afirmou nesta quinta-feira, em nota, que nem ele, nem sua defesa confirmam o conteúdo da possível delação que seria feita por ele. “Não conhecemos a origem, tão pouco reconhecemos a autenticidade dos documentos”. A revista IstoÉ divulgou detalhes do que seria delação premiada do senador que teria 400 páginas. No relato o parlamentar teria acusado a presidente Dilma Rousseff de atuar três vezes para interferir na Operação Lava-Jato por meio do Judiciário.

Ainda segundo a nota, em nenhum momento ele teria sido procurado pela reportagem da revista. “À partida, nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria assinada pela jornalista Débora Bergamasco. Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto", afirma o texto.

Uma das investidas da presidente Dilma, segundo o que seria a delação de Delcídio, passava pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Tal nomeação seria relevante para o governo", pois o nomeado cuidaria dos habeas corpus e recursos da Lava Jato no STJ", afirma a reportagem.

Delcídio teria contado aos procuradores que a estratégia foi discutida com Dilma no Palácio da Alvorada e que sua tarefa era conversar "com o desembargador Marcelo Navarro, a fim de que ele confirmasse o compromisso de soltura de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo", da Andrade Gutierrez.

Conforme a IstoÉ, Delcídio se reuniu com Navarro no próprio Palácio do Planalto, no andar térreo, em uma pequena sala de espera, o que, segundo o senador, pode ser atestado pelas câmeras de segurança. No STJ, Navarro cumpriu a suposta orientação, mas foi voto vencido.

Na sua delação, Delcídio citou vários nomes, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos. (Com Agência Estado).

Confira a íntegra da nota de esclarecimento do senador

Em respeito ao povo brasileiro e ao interesse público, o Senado Delcídio Amaral e a sua defesa vêm se manifestar sobre a matéria publicada na Revista IstoÉ na data de hoje. À partida, nem o Senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria assinada pela jornalista Débora Bergamasco. Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto. Esclarecemos que em momento algum, nem antes, nem depois da matéria, fomos contatados pela referida jornalista para nos manifestarmos sobre fidedignidade dos fatos relatados. Por fim, o Senador Delcídio Amaral reitera o seu respeito e o seu comprometimento com o Senado da República.

SENADOR DELCÍDIO AMARAL
ANTONIO AUGUSTO FIGUEIREDO BASTO


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