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Estado de Minas

Mudança na PF só após a Olimpíada

Novo ministro da Justiça assume nesta quinta-feira, mas trocará a cúpula apenas a partir de agosto


postado em 03/03/2016 06:00 / atualizado em 03/03/2016 07:29

Wellington César de Lima e Silva trabalha com três nomes, inicialmente, para a direção da instituição (foto: MPBA/Internet/Reprodução)
Wellington César de Lima e Silva trabalha com três nomes, inicialmente, para a direção da instituição (foto: MPBA/Internet/Reprodução)
Brasília - O novo ministro da Justiça, Wellington César de Lima e Silva, que toma posse nesta quinta-feira, deve substituir o comando da Polícia Federal apenas no segundo semestre, após a Olimpíada do Rio, em agosto. Três nomes surgem com mais força para substituir o atual superintendente da PF, Leandro Daiello: o atual secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa; o secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, Andrei Rodrigues; e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame. Daiello reuniu-se com Wellington e o futuro ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, e teve deles a garantia de que nenhuma mudança acontecerá de imediato. No Planalto, a avaliação é de que Wellington precisa “ganhar musculatura” para transitar com desenvoltura na nova pasta e que, por isso, não promoveria grandes mudanças na estrutura por agora.


A mudança poderá não ser tão traumática assim. Daiello pode se aposentar a partir de maio. Uma pequena prorrogação poderia acontecer e, no segundo semestre, ele deixaria o posto.

As especulações de que a troca ocorrerá após os jogos aumenta a suspeita de que Andrei poderá ser o escolhido. Delegado de carreira da Polícia Federal, ele foi segurança de Dilma na campanha de 2010. Em 2013, foi nomeado pela então chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para o cargo de secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, responsável por manter a ordem na Copa das Confederações, da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos Rio 2016. É considerado um nome da presidente Dilma.

Wagner

Maurício Barbosa é um nome mais ligado ao atual chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Assim como Andrei, Maurício é delegado da Polícia Federal e está no cargo de secretário desde 2011, quando Wagner iniciou o segundo mandato. “Acho que o lançamento do nome de Barbosa é uma forma de queimá-lo na largada, pois é inevitável ligá-lo ao chefe da Casa Civil, assim como relatam a proximidade de Wagner com Wellington Cesar”, disse um delegado da PF, pedindo anonimato.

Barbosa também é cotado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, mas está acertada entre Cardozo e Wellington a manutenção da atual titular do posto, Regina Miki.

Dos três, Beltrame seria o nome mais conhecido nacionalmente, após uma longa experiência na implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Rio. Como Wellington precisaria ter uma equipe experiente, Beltrame é visto como alguém com mais rodagem que os demais concorrentes. Mas a ligação dele com o PMDB fluminense o prejudica. .

O Palácio do Planalto não vai recuar diante da ação movida pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que pretende barrar a posse de Wellington caso ele não renuncie à carreira no MP da Bahia. Ele foi procurador-geral de Justiça da Bahia no segundo mandato de Jaques Wagner.

O governo apega-se a antigos pareceres do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que avalizaram a nomeação de procuradores e promotores para cargos de secretários estaduais, desde que não fossem em postos antagônicos à função exercida por eles anteriormente.

Segundo o Planalto, um procurador não poderia ser nomeado, por exemplo, para a Advocacia-Geral da União, já que o primeiro ataca e o segundo, defende. No caso do Ministério da Justiça, não haveria contradição.

 

 


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