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Estado de Minas TRAI­ÇÃO EM MÃO DU­PLA

Leo­nar­do Quin­tão re­ti­ra sua can­di­da­tu­ra à li­de­ran­ça do PMDB

De­pu­ta­do fe­de­ral per­deu o apoio do pre­si­den­te da Câ­ma­ra e anun­cia vo­to em Pic­ci­a­ni, de­sa­fe­to de Eduar­do Cu­nha e no­me do Pla­nal­to


postado em 23/01/2016 07:00 / atualizado em 23/01/2016 07:40

"Cunha está fazendo política com ódio. Com essa nova candidatura de Hugo Motta, Eduardo Cunha trouxe mais discórdia e ruptura ao PMDB%u201D, Leonardo Quintão (PMDB), deputado federal (foto: ALEXANDRA MARTINS/CÂMARA DOS DEPUTADOS %u2013 20/8/13)
Num jo­go de trai­ção em mão du­pla, o de­pu­ta­do fe­de­ral Leo­nar­do Quin­tão (PMDB-MG) re­ti­rou a sua can­di­da­tu­ra à li­de­ran­ça na­cio­nal do PMDB e for­ma­li­zou apoio à re­con­du­ção do lí­der, Leo­nar­do Pic­cia­ni (PMDB-RJ), no­me que tem o res­pal­do do Pa­lá­cio do Pla­nal­to. A de­ci­são de Quin­tão foi to­ma­da de­pois que o pre­si­den­te da Câ­ma­ra dos De­pu­ta­dos, Eduar­do Cu­nha (PMDB-RJ), re­ti­rou o apoio a ele e, sem con­sul­tá-lo, lan­çou a can­di­da­tu­ra do de­pu­ta­do fe­de­ral Hu­go Mot­ta (PMDB-PB). Cu­nha acre­di­ta­va que, com três na dis­pu­ta – Pic­cia­ni, Quin­tão e Hu­go Mot­ta – en­fra­que­ce­ria o pri­mei­ro e der­ro­ta­ria a pre­si­den­te Dil­ma Rous­se­ff, já no pri­mei­ro em­ba­te de 2016 na Ca­sa en­tre Exe­cu­ti­vo e Le­gis­la­ti­vo.


Com a ade­são de Quin­tão, Pic­cia­ni já con­ta com cer­ca de 45 dos 66 vo­tos da ban­ca­da pee­me­de­bis­ta e me­lho­ra a sua po­si­ção na dis­pu­ta, au­men­tan­do a chan­ce de ser re­con­du­zi­do à li­de­ran­ça em 17 de fe­ve­rei­ro. Ao mes­mo tem­po, Mi­chel Te­mer, que acon­se­lhou Quin­tão a “bus­car a uni­da­de” do par­ti­do, po­de­rá ter o res­pal­do da ban­ca­da fe­de­ral ca­rio­ca, li­de­ra­da por Pic­cia­ni, pa­ra a sua pró­pria re­con­du­ção à pre­si­dên­cia na­cio­nal do PMDB na con­ven­ção em mar­ço.

O acor­do en­tre Leo­nar­do Quin­tão e Leo­nar­do Pic­cia­ni foi se­la­do on­tem à tar­de, em Juiz de Fo­ra, ci­da­de mi­nei­ra en­tre Rio e Be­lo Ho­ri­zon­te, pa­ra on­de am­bos se des­lo­ca­ram. “Cu­nha es­tá fa­zen­do po­lí­ti­ca com ódio”, dis­se. “Com es­sa no­va can­di­da­tu­ra de Hu­go Mot­ta, Eduar­do Cu­nha trou­xe mais dis­cór­dia e rup­tu­ra ao PMDB. Em con­ver­sa com Mi­chel Te­mer, achei me­lhor tra­ba­lhar pe­la uni­da­de do par­ti­do”, dis­se Leo­nar­do Quin­tão.

A ideia do pre­si­den­te da Câ­ma­ra ao lan­çar Hu­go Mot­ta co­mo ter­cei­ro can­di­da­to a lí­der do PMDB era di­vi­dir os vo­tos de Pic­cia­ni com o de­pu­ta­do pa­rai­ba­no, que, ape­sar de ser pró­xi­mo de Cu­nha, tem boa re­la­ção com a ba­se alia­da ao go­ver­no. Des­sa for­ma, Cu­nha es­pe­ra­va le­var a dis­pu­ta pe­la li­de­ran­ça pa­ra o se­gun­do tur­no. Nes­sa eta­pa, ele acre­di­ta­va que a união en­tre os apoia­do­res de Quin­tão e de Mot­ta au­men­ta­ria a chan­ce de der­ro­ta de Pic­cia­ni.

Te­me­ro­so de que Pic­cia­ni pu­des­se não vir a ser re­con­du­zi­do, o Pa­lá­cio do Pla­nal­to che­gou a abrir es­ta se­ma­na con­ver­sa­ções com Mot­ta. Reu­ni­do com os mi­nis­tros Ri­car­do Ber­zoi­ni, da Se­cre­ta­ria de Go­ver­no, e Edi­nho Sil­va, da Co­mu­ni­ca­ção So­cial, Mot­ta ace­nou, ca­so elei­to lí­der, com uma pos­tu­ra de “neu­tra­li­da­de” na re­la­ção com o go­ver­no fe­de­ral e com­pro­me­teu-se a não in­di­car ape­nas pee­me­de­bis­tas que de­fen­dem o afas­ta­men­to de Dil­ma Rous­se­ff pa­ra a co­mis­são es­pe­cial de im­pea­ch­ment.

Quin­tão, que es­ta se­ma­na não con­se­guiu a uni­da­de da ban­ca­da fe­de­ral mi­nei­ra em tor­no de sua can­di­da­tu­ra, ne­gou que te­nha de­sis­ti­do da can­di­da­tu­ra em tro­ca da pro­mes­sa de ser in­di­ca­do pa­ra qual­quer co­mis­são na Câ­ma­ra pe­lo atual lí­der ou pe­lo Pla­nal­to pa­ra al­gum mi­nis­té­rio. De acor­do com o par­la­men­tar mi­nei­ro, o úni­co com­pro­mis­so fei­to com Pic­cia­ni foi de apoiá-lo na dis­pu­ta pe­la li­de­ran­ça do PMDB em 2017. Quin­tão lem­brou, po­rém, que o de­pu­ta­do flu­mi­nen­se já ti­nha fei­to es­se com­pro­mis­so em 2015 pa­ra a dis­pu­ta des­te ano, mas aca­bou não cum­prin­do.

O mi­nei­ro che­gou a exer­cer a li­de­ran­ça do PMDB du­ran­te uma se­ma­na no fi­nal do ano pas­sa­do, apoia­do por Eduar­do Cu­nha e ou­tros de­pu­ta­dos do par­ti­do que fa­zem opo­si­ção ao go­ver­no. Pic­cia­ni con­se­guiu, po­rém, re­ver­ter sua des­ti­tui­ção.

SUr­PRE­SA Par­la­men­ta­res da ala pró-im­pea­ch­ment do PMDB que apoia­vam Leo­nar­do Quin­tão se mos­tra­ram sur­pre­sos com o anún­cio de de­sis­tên­cia fei­to pe­lo par­la­men­tar mi­nei­ro. O de­pu­ta­do Os­mar Ter­ra (PMDB-RS) dis­se que, ago­ra, a ban­ca­da da si­gla do Rio Gran­de do Sul de­ve­rá apoiar Hu­go Mot­ta. “Des­se jei­to, ele (Quin­tão) vai le­var ape­nas o vo­to de­le”, afir­mou.

Pee­me­de­bis­tas do gru­po de Cu­nha mi­ni­mi­za­ram a saí­da de Quin­tão e sua in­ten­ção de apoio a Pic­cia­ni. A ava­lia­ção é de que o im­pac­to é “ze­ro”, pois o mi­nei­ro não te­ria in­fluên­cia so­bre ou­tros pee­me­de­bis­tas. Es­se gru­po diz acre­di­tar que Mot­ta ven­ce­rá Pic­cia­ni com 15 vo­tos de van­ta­gem. Alia­dos de Cu­nha dis­se­ram ain­da que já pre­viam a saí­da de Quin­tão de­pois que o pre­si­den­te da Câ­ma­ra co­me­çou a ar­ti­cu­lar a can­di­da­tu­ra do pa­rai­ba­no. (Com agên­cias)

 

Dil­ma diz que re­la­tó­rio do FMI a dei­xou ‘es­tar­re­ci­da’

 

Bra­sí­lia – A pre­si­den­te Dil­ma Rous­se­ff dis­se on­tem, em reu­nião da exe­cu­ti­va na­cio­nal do PDT, que fi­cou “es­tar­re­ci­da” com um tre­cho do re­la­tó­rio do Fun­do Mo­ne­tá­rio In­ter­na­cio­nal (FMI) que atri­buía as pre­vi­sões ne­ga­ti­vas pa­ra o país, en­tre ou­tros fa­to­res, à ins­ta­bi­li­da­de po­lí­ti­ca no Bra­sil e ao alon­ga­men­to das in­ves­ti­ga­ções dos mal­fei­tos na Pe­tro­bras. “Fi­quei es­tar­re­ci­da com uma fra­se que li no re­la­tó­rio do FMI. Ele atri­buía es­sa si­tua­ção à ins­ta­bi­li­da­de po­lí­ti­ca, e o se­gun­do fa­tor era o fa­to de as in­ves­ti­ga­ções quan­to à Pe­tro­bras te­rem um pra­zo de du­ra­ção maior e mais pro­fun­do do que es­pe­ra­vam. Te­nho cer­te­za de que va­mos es­ta­bi­li­zar po­li­ti­ca­men­te o país, va­mos as­se­gu­rar ao país a tran­qui­li­da­de pa­ra vol­tar a cres­cer.”

A exe­cu­ti­va do PDT apro­vou por una­ni­mi­da­de a po­si­ção con­trá­ria ao im­pea­ch­ment de Dil­ma. Tam­bém fe­chou ques­tão a fa­vor do afas­ta­men­to do pre­si­den­te da Câ­ma­ra, Eduar­do Cu­nha (PMDB-RJ), da pre­si­dên­cia da Câ­ma­ra. Du­ran­te seu dis­cur­so, Dil­ma rea­fir­mou que du­ran­te sua mi­li­tân­cia no par­ti­do e pos­te­rior­men­te no PT, nun­ca te­ve qual­quer acu­sa­ção so­bre uso in­de­vi­do de di­nhei­ro pú­bli­co. Ela dis­se que não tem di­nhei­ro no ex­te­rior, re­fe­rên­cia que já ti­nha fei­to ao res­pon­der Cu­nha, quan­do ele aca­tou o pa­re­cer de ju­ris­tas so­bre o im­pea­ch­ment da pre­si­den­te, e que tem uma “vi­da ab­so­lu­ta­men­te ili­ba­da”.

Ex-mi­li­tan­te do PDT, Dil­ma se emo­cio­nou ao fa­lar do ex-go­ver­na­dor Leo­nel Bri­zo­la, que fa­ria 94 anos on­tem. Ela dis­se ter cer­te­za que Bri­zo­la, fun­da­dor do par­ti­do, de­fen­de­ria a “so­be­ra­nia e le­ga­li­da­de” do país, pois ele ti­nha um “fa­ro imen­so pa­ra ten­ta­ti­vas de gol­pe – até por­que foi ví­ti­ma de um”.

Li­de­ra­da pe­lo pre­si­den­te da le­gen­da, Car­los Lu­pi, e com a pre­sen­ça do ex-mi­nis­tro Ci­ro Go­mes e do mi­nis­tro das Co­mu­ni­ca­ções, An­dré Fi­guei­re­do, a reu­nião do PDT con­fir­mou can­di­da­tu­ra pró­pria da le­gen­da em 2018. Quan­do Lu­pi anun­ciou que te­rão can­di­da­to a pre­si­den­te, os mi­li­tan­tes sau­da­ram Ci­ro Go­mes co­mo “fu­tu­ro pre­si­den­te”.

FA­MÍ­LIA A pre­si­den­te via­jou à tar­de pa­ra Por­to Ale­gre, on­de vai pas­sar o fim de se­ma­na com a fa­mí­lia. Seu se­gun­do ne­to, Gui­lher­me, nas­ceu no úl­ti­mo dia 7. Pau­la, fi­lha de Dil­ma, tam­bém é mãe de Ga­briel, con­si­de­ra­do o xo­dó da pre­si­den­te. Du­ran­te o ca­fé com jor­na­lis­tas no dia do nas­ci­men­to do ne­to, Dil­ma afir­mou que es­ta­va to­man­do to­dos os cui­da­dos pa­ra não dei­xar Ga­briel com ciú­mes do no­vo ir­mão­zi­nho.

 

"Década perdida"

Em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, também comentou o estudo do FMI que aponta o Brasil como “o grande culpado” pela “década perdida” da América Latina. Segundo a instituição, a região terá dois anos seguidos de recessão, o que não ocorria desde 1982-1983. O ministro destacou que o Brasil é a principal economia da região e, por isso, o que acontece no país influencia os demais: “O Brasil é a maior economia da região. Então, o que acontece no Brasil influencia a média da região”. Segundo Barbosa, o governo está trabalhando para estabilizar a atividade e fazer a economia voltar a crescer o mais rápido possível: “Estamos trabalhando para estabilizar a economia e recuperar o crescimento o mais rápido possível. Isso vai beneficiar os brasileiros, mas também toda a América Latina”.


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