
De acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo dessa segunda-feira, Fernando Baiano contou que pagou despesas pessoais de Fábio Luís Lula da Silva, filho primogênito do ex-presidente, no valor de cerca de R$ 2 milhões. A sua delação foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, na última sexta-feira. Baiano ficará preso até 18 de novembro, quando completará um ano preso.
Para Bueno, as denúncias aproximam, cada vez mais, o esquema do Palácio do Planalto e podem chegar a atingir a presidente Dilma Rousseff. “O mar de lama é tão grande que é claro que as denúncias ameaçam ainda mais Dilma porque ela é parte integrante do esquema. Ela foi presidente do Conselho da Petrobras. Sabia o que estava acontecendo”, disse.
“Se a delação for confirmada, é um fato gravíssimo. Chega na cúpula do governo”, afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). O líder do partido no Senado, Ronaldo Caiado (GO), por sua vez, afirmou que, “uma vez comprovada a ligação entre um dos principais lobistas do Petrolão e o filho do ex-presidente, cai por terra qualquer linha de defesa de Lula que o coloca como corpo estranho às investigações da Lava-Jato”. Para ele, com a delação validada abre-se um novo capítulo das investigações que colocam Lula no centro da Lava-Jato. “O fato novo é grave e merece uma investigação profunda e aberta. Só assim podemos identificar e acelerar a prisão do cabeça de todo o esquema do petrolão”, afirmou.
