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Estado de Minas

Coluna do Baptista Chagas Almeida

A presidente Dilma deveria seguir a música eternizada por Frank Sinatra. E despertar para enfrentar os problemas na volta ao Brasil


postado em 27/09/2015 12:00 / atualizado em 27/09/2015 12:18


Querer acordar em Nova York

Foi em tom de brincadeira, depois de ir às compras em Nova York, onde participa da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que a presidente Dilma Rousseff (PT) conversou com os repórteres que a acompanham. A certa altura, o assunto passou a ser bicicletas. A certa altura, foi lembrado que Dilma ajuda os ciclistas que caem.

E aí veio a frase emblemática: “Todos nós que podemos cair temos que ser solidários”. E, depois de uma pausa, ainda completou: “No sentido amplo da palavra”. Sintomático. Bicicleta, pedaladas fiscais, pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados. Um enredo que parecia ser de um script pré-concebido, mesmo que sem querer.

Enquanto isso, por meio de sua fundação, o PT volta a atacar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por causa de sua política econômica. Pelo jeito, acharam o Cristo para crucificar diante da brutal recessão que o país enfrenta, fruto da falta de providências durante a campanha eleitoral. A reeleição trouxe junto a recessão.

A descontração da presidente Dilma Rousseff não deve durar muito tempo. Na volta ao Brasil, voltam também os problemas. O vice-presidente Michel Temer (PMDB), no exercício da Presidência da República e ex-presidente da Câmara dos Deputados, que conhece bem, admitiu a um grupo de empresários em São Paulo que duvida da aprovação da CPMF no Congresso.

E o ministro Jaquim Levy teve que ouvir queixas do empresariado, principalmente em relação à volta da CPMF. E, pelo jeito, deu motivos para o PT pedir a sua cabeça. Se os empresários gostam do que ele disse, os petistas devem detestar.

A presidente Dilma deveria seguir a música eternizada por Frank Sinatra e querer acordar na cidade que nunca dorme. E despertar para enfrentar os problemas na volta ao Brasil.

Ligação direta

Gabriel Guimarães (PT-MG), deputado federal


O senhor é o presidente da Comissão Especial do novo Código de Mineração. Ele será aprovado na quarta-feira?
Pelo cronograma aprovado pela Comissão Especial, definimos consensualmente que a próxima convocação será para a leitura e aprovação do texto do relator.

É possível que se aprove o que é consensual, em especial as mudanças na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem)?
No momento, a busca é por uma construção do consenso e aprovação dos principais pontos do projeto, que são: a transformação do DNPM em Agência Nacional de Mineração, a regulação da  concessão dos direitos e o ajuste das alíquotas da Cfem. Pontos  fundamentais para o setor.

O projeto abriga várias exigências ambientais, mas os ambientalistas o combatem. É possível um acordo?
O Brasil conta com uma legislação ambiental rígida e moderna, que tem se aperfeiçoado a cada dia. Com órgãos de controle independentes e mecanismos eficazes de cobrança ao empreendedor, no que se refere ao cumprimento da legislação ambiental.

Qual seria a projeção de receitas para Minas Gerais ?
Sou a favor da aplicação da máxima alíquota da Cfem para as diversas riquezas minerais, desde que essa alíquota não prejudique a competitividade da indústria nacional. Estamos passando por uma crise internacional que traz impacto na comercialização de produtos para outros países, como é o caso do minério de ferro.

Como reparar a injustiça com Minas Gerais, já que o minério só dá uma safra?

Quando, há 100 anos, Arthur Bernardes aplicou essa expressão de que o minério só dá uma safra, tínhamos muito menos riquezas minerais conhecidas e aproveitáveis do que temos hoje.


Caso Temer
Quem revela é um procurador muito ligado aos tribunais superiores. Na escolha dos indicados, não é a presidente Dilma Rousseff (PT) que cuida do caso. A inconfidência foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele revelou que, assim que chega, a relação é enviada ao vice-presidente Michel Temer (PMDB). Tudo bem que ele é da área jurídica, mas a própria Dilma é que orienta procurá-lo. E ele é que  escolhe os novos ministros. Não é dar muito poder ao vice diante do risco de um processo de impeachment?


Isso é que é ser fiel
Não é à toa que a presidente Dilma Rousseff (PT) ainda tem dificuldades para recompor o ministério. A cada dia, aumentam as críticas às suas escolhas. Um dos mais atacados é o futuro ministro da Saúde, Manoel Júnior (PMDB-PB). Tudo bem que ele é médico, está em seu terceiro mandato de deputado, mas não tem lá tanta fidelidade partidária assim para representar o PMDB. Basta ver a sua dança de partidos: ele já foi do PMDB, de 1982 a 1990, do PSDB, de 1990 a 2001, voltou para o PMDB, entre 2001 2005, resolveu passar pelo PSB, de 2005 a 2009, e neste ano voltou ao PMDB. É, o futuro novo ministro é mesmo a favor da fidelidade partidária.

PINGAFOGO

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), bem ao seu estilo, prega “zero ministério” para seu partido. Tradução simultânea: Cunha quer dizer para o PMDB deixar a base de sustentação do governo Dilma.

A aritmética do PMDB não fecha. Na reforma ministerial, o partido quer mais pastas que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem a oferecer. Com os peemedebistas é assim, o apetite é grande e a comida é pouca.

O problema é que Dilma terá que fazer a escolha de Sofia. Ao optar por uma indicação do PMDB e preterir a outra, joga o rejeitado para a ala do PMDB que não morre de amores pela presidente. Como sair do impasse, eis a questão.

O Ministério da Cidadania, que vai abrigar as pastas dos Direitos Humanos, Igualdade Racial e Políticas para Mulheres, nem foi criado ainda e já está dando a maior confusão com as três futuras ex-ministras. A batata do ministro indicado, Miguel Rosseto, está assando.

O secretário de Estado de Governo, Odair Cunha (PT), recebeu do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais a Comenda Mérito Farmacêutico 2015. A maior honraria do setor foi concedida na véspera do Dia Internacional do Farmacêutico.

E, nos próximos dias, mais novos e emocionantes capítulos da novela “Reforma Ministerial”, que não faz tanto sucesso assim na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

 


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