
O 7 de setembro em Belo Horizonte, além das atividades cívicas, também têm protestos. Na Praça 7, um grupo de cerca de 30 manifestantes contra o governo gritam palavras de ordem e pedem a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do governo. Eles também montaram uma tenda para recolher assinaturas para o pacote de medidas anti-corrupção do Ministério Público Federal (MPF). E também estão vendendo adesivos do Lula inflável. A intenção é arrecadar dinheiro para comprar um boneco para Minas Gerais. ma cartela com 4 adesivos está sendo comercializada por R$ 50,00.
Júlio Hubner, artista plástico, 43 anos, integrante do Patriotas, disse que ato nacional contra o governo Dilma era para ser nesta segunda-feira, mas houve uma divisão entre os grupos, que chamaram o protesto do dia 16 de agosto, esvaziando o de hoje.
Além da saída da petista, faixas também pedem intervenção militar. Em uma das faixas, integrantes do protesto agradecem pelo golpe de 1964, que, segundo eles, “libertaram o país do comunismo”.
O governador Fernando Pimentel também foi alvo de protestos nesta segunda-feira, durante o desfile de 7 de setembro. Um grupo se aproximou da tribuna oficial e começou a gritar “fora, PT”,e pedindo a saída dele do governo de Minas.

Grito dos Excluídos
Ainda em Belo Horizonte, a Praça Raul Soares, no Centro da capital, recebe a 21ª edição do Grito dos Excluídos. Cerca de 200 pessoas participam do protesto, que neste ano leva o tema “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente, e nos consome?” Os grupos questionam a chamada grande mídia e a cobertura política da imprensa, pedindo a democratização dos meios de comunicação. Entre os movimentos que participam do protesto estão o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MTST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional por Moradia Popular, Movimento dos Atingidos por Barragens e representantes da igreja católica. O grupo saiu em passeata, por volta das 11 horas, em direção à Praça Sete.
Infláveis de Lula e Dilma são destaque em Brasília
Bem antes do início do tradicional Desfile da Independência, na Esplanada dos Ministérios, nesta segunda-feira (7/9), as arquibancadas preparadas ao longo da via N1 (Eixo Monumental) estavam lotadas. Para manter a segurança do evento, a Polícia Militar revistou quem chegava a pé e de bicicleta, a partir da Rodoviária do Plano Piloto. Aproximadamente 1,7 mil profissionais da segurança pública foram escalados para atuar na ocasião. Desses, 1,5 mil são PMs. Um boneco inflável que representa o ex-presidente Lula com roupa de presidiário – que estava presente nas últimas manifestações contra o governo petista – foi inflado, ao mesmo tempo em que faixas com dizeres “fora Dilma”, “fora PT” foram hasteadas no gramado central da Esplanada dos Ministérios.


Por volta das 10 horas, dois homens que tentaram invadir o desfile na Esplanada dos Ministérios foram contidos por 10 policiais militares. A contenção ocorreu perto da Marinha. Eles estavam xingando o pessoal da Força Nacional falando que "são inconstitucionais" e gritando "polícia bolivariana".
Grupo ateia fogo a pneus no Eixo Monumental
Cerca de 100 manifestantes do Movimento Resistência Popular pelo Direito à Cidade, dissidentes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, bloquearam a via S1 do Eixo Monumental, na altura da Rodoviária do Plano Piloto, meio ao Desfile da Independência, iniciado às 9h desta segunda-feira (7/9). Eles atearam fogo a pneus, quando uma fumaça negra tomou conta da Esplanada, impedindo com que pessoas atravessem a barreira para assistir ao desfile. O Exército e o Corpo de Bombeiros foram acionados para conter os manifestantes e combater as chamas.
Segundo informações da Polícia Militar, um caminhão descarregou rapidamente os pneus no local e, na sequência, um grupo ateou fogo. Ainda de acordo com a PM, não foi possível anotar a placa do veículo. “O governo não atende a nossa demanda, faz de conta que não nos vê e nos trata como se fossemos cachorro”, criticou um dos líderes do movimento, Wiliam Aguiar.
