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Estado de Minas

Oposição vê Dilma isolada


postado em 20/07/2015 06:00 / atualizado em 20/07/2015 07:25

Em entrevista exclusiva, Aécio falou sobre a crise enfrentada pela presidente Dilma (foto: Breno Fortes/EM/D.A Press)
Em entrevista exclusiva, Aécio falou sobre a crise enfrentada pela presidente Dilma (foto: Breno Fortes/EM/D.A Press)
Brasília – As declarações do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de que a presidente Dilma Rousseff está sitiada foram endossadas por parlamentares da oposição. Em entrevista publicada na edição desse domingo (19) do Estado de Minas/Correio Braziliense, o presidente nacional do PSDB disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “faz maldade” com Dilma ao dizer para ela viajar pelo país, porque onde quer que a petista vá, ela terá rejeição. “(Sugerir que Dilma viaje) é uma grande maldade que Lula está fazendo. O Brasil tem uma presidente sitiada. E isso, na verdade, parece uma certa vingança dele. Ela vai para onde? Vai para ser vaiada?”, disse Aécio.


Um dos aliados mais próximos do senador, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) concorda com a avaliação sobre o abandono de Dilma por Lula. Para Pestana, o isolamento é tanto que não se vê saída para a presidente. “Está engolfada na maior crise institucional, uma coisa interminável”, afirmou. Para o deputado, a crise político-econômica mostrou o que a oposição já sabia: “Dilma não tem história nem vivência para governar o país”.

A fala do senador recebeu também apoio do líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE). “Concordo que Dilma não tem o que apresentar. Ela está atravessando um momento de grande adversidade, não tem o que mostrar (ao país). Vai encontrar uma população hostilizando-a e protestando em todos os lugares. Acho que o Lula está desconectado com a realidade”, disse.

Parlamentares governistas, no entanto, tentaram minimizar as críticas. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), por exemplo, discorda do tucano. “É natural que um presidente ande pelo país. Isso independe de qualquer situação. Em função até dos compromissos que o presidente cumpre nas várias regiões. Isso é normal, estranho seria se um presidente não percorresse os estados.” Ele ainda rebateu a declaração de que Dilma mentiu na campanha. “Se você tem um governo com seis meses, é prematuro falar que houve mentira. Ainda há três anos e meio pela frente.”

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), também discorda de que o conselho de Lula consista em uma forma de prejudicar Dilma. “Acho que a presidente do país, com boa popularidade ou não, tem que andar o Brasil. É claro que tem andar. Se há programas para apresentar, ela tem que andar”, afirmou o senador, acrescentando que a popularidade de Dilma tem caído devido à soma da crise política com a econômica. “O Planalto errou na montagem do segundo governo e desprezou os aliados que haviam ajudado a reeleger Dilma. Foi um grande erro do ponto de vista político, o que agravou a economia. Como resultado, houve a queda da popularidade da presidente”, disse.

‘CRIMES’ Na entrevista, Aécio disse ainda que o governo cometeu crimes que estão sendo analisados pelos respectivos tribunais e que, por ora, “não há condições para o impeachment”, mas que isso não significa que não chegue um momento em que esses requisitos venham a existir. O deputado Marcus Pestana endossa a análise do colega tucano: “O impeachment não é objetivo, é consequência”. Pestana diz que a oposição só aceitaria a saída de Dilma pelas vias legais, sem caráter de golpe, como a rejeição de contas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Congresso, com uma condenação por abuso de poder econômico no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou baseado em provas contra a petista na Operação Lava-Jato. Já Eunício Oliveira diz que o partido não participará de “nada que pareça um golpe de Estado”, e ressaltou que baixa popularidade não é elemento para se afastar a presidente.

Repercussão em Portugal

O periódico português Jornal de Notícias repercutiu a entrevista de Aécio Neves ao EM/Correio. A versão on-line da publicação destacou as críticas do senador ao aparelhamento do Estado por parte do PT. “‘Não perdi para um partido político. Perdi para uma organização criminosa que se apoderou do Estado’, afirmou Aécio na entrevista, na qual falou também da crise política e econômica e das denúncias de corrupção e do conflito entre o governo e o Congresso”, ressaltou o site lusitano.

 


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