São Paulo - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), minimizou o movimento que vem sendo chamado de "frente de esquerda" no Rio, que conta com algumas lideranças petistas que querem romper com o PMDB na capital fluminense. Faz parte do grupo o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, que desembarcou recentemente no Rio. A frente contaria com apoio também de PSOL, PCdoB e até de descontentes do PSB.
Paes pretende lançar como seu sucessor em 2016 o secretário de Coordenação de Governo, Pedro Paulo. O plano tem apoio majoritário do PT, com aval do presidente estadual da legenda no Rio, Washington Quaquá, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A liderança petista no Estado vem dizendo que o movimento de dissidência da aliança com o PMDB representa apenas 20% do partido. Hoje o PT tem o cargo de vice de Paes, com Adilson Pires, e a ideia seria repetir a dobradinha na eleição do ano que vem. Na eleição estadual, no ano passado, o PT rompeu a aliança e lançou Lindbergh contra o peemedebista Luiz Fernando Pezão, que acabou reeleito.
Questionado se o PT continuará na aliança, Paes disse que a pergunta deve ser dirigida aos petistas, mas que a ele interessa "construir a maior aliança que puder" para sua sucessão. "O Rio sempre tem a lógica muito da divisão, do racha, da briga, do conflito, e o nosso esforço, desde 2008, tem sido de unir as forças políticas do Rio em torno de um projeto de transformação da cidade e o PT é importante para isso. O PT tem o governo federal, tem quadros no Rio de Janeiro e a gente quer que ele siga na aliança", finalizou.