(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Panelaço abre programa de PSDB, com duras críticas à gestão petista


postado em 19/05/2015 18:49

São Paulo, 19 - Os panelaços que se tornaram símbolo dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff e o PT abrem o programa partidário do PSDB, que vai ao ar em rede nacional de rádio e televisão na noite desta terça-feira, 19. Ao som do bater das panelas o locutor diz que ser oposição é dizer não a tudo que está errado e lutar para defender o País.

O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso abre o programa destacando que é preciso passar a limpo os erros do País. "A raiz da crise atual foi plantada bem antes da atual presidente, os enganos e desvios começaram já no governo Lula." E utiliza uma das céleres frases de seu adversário político para criticar: "Nunca antes nesse País se errou tanto, nem se roubou tanto em nome de uma causa, mas dessa vez o desarranjo foi longe demais, a crise já atinge o bolso e a alma das pessoas."

Em sua fala, FHC diz que não só a Petrobras foi roubada, mas todo o País foi iludido com sonhos de grandeza, "enquanto a roubalheira corria solta". E ressalta que o que já se sabe sobre o escândalo do petrolão é grave o suficiente para que a sociedade condene todos os que promoveram tamanho escândalo e tamanha vergonha. Em seguida, é exibida uma cena noturna de pessoas num restaurante, pedindo para fechar a conta. Neste momento, o locutor cita o escândalo na Petrobras, os quase 40 ministérios, número superior ao dos governos dos EUA e da Alemanha, juntos, e os aumentos da luz, gasolina e inflação, alertando: "O governo do PT agora quer empurrar essa conta para você. Mas essa conta não é sua."

Aécio Neves

O presidente nacional da sigla, senador Aécio Neves (MG), candidato derrotado nas eleições de outubro passado, aparece no final da peça publicitária, de camisa branca e gravata azul clara, afirmando que é extremamente injusto que as famílias brasileiras hoje tenham de pagar pelos erros gravíssimos que o governo petista cometeu nos últimos anos.

"E é isso que deixa os brasileiros mais indignados, porque, se o governo tivesse agido com responsabilidade, hoje não seria necessário aumentar impostos e tarifas, cortas verbas da saúde, educação e nem reduzir o seguro-desemprego."

Aécio diz que o governo petista preferiu seguir pelo caminho errado e escondeu a situação do País apenas para vencer as eleições. "O tempo passou e deu no que deu, os problemas que já eram extremamente graves ficaram ainda piores." E alerta para o fato de que para enfrentar a crise que o próprio governo criou ele passa a conta dos seus próprios erros para a população. "O ajuste da presidente Dilma tira muito dos brasileiros e quase nada do governo, porque quem está pagando esse ajuste são as famílias, os trabalhadores." E ironiza: "A presidente Dilma chama isso de ajuste, eu chamo isso de injusto."

Após as críticas à gestão petista, o presidente nacional do PSDB diz que para resolver a atual crise é preciso algumas ações, listando ideias que compuseram o seu programa de governo, nas eleições presidenciais do ano passado, como redução do número de ministérios e cortando "os milhares de cargos apadrinhados distribuídos hoje para que a base aliada volte contra os direitos dos trabalhadores", e principalmente "cortando de uma vez por todas este câncer da corrupção que vem sangrando os cofres de todo o País". Para o senador tucano, para acabar com a corrupção é preciso que a justiça investigue a fundo, sem interferências e sem pressões do governo.

"O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e quem, sabendo de tudo isso, se calou e não fez nada para impedir", disse o senador tucano, destacando que, se a corrupção não for debelada, voltará ainda mais forte. "É hora de termos a coragem de fazer o que é certo para resgatar o sentimento de confiança que o Brasil vai perdendo. Enquanto a justiça faz o seu trabalho, estejam certos, nós vamos continuar aqui fazendo o nosso, que é lutar para proteger você dos abusos deste governo e continuar propondo soluções que realmente resolvam os graves problemas do Brasil", diz Aécio, lembrando que, se no ano passado o Brasil escolheu um governo, ele também escolheu uma oposição. Segundo ele, seu partido vai respeitar o voto e o sentimento de cada brasileiro. "Porque para nós a palavra empenhada numa campanha eleitoral é para ser honrada".

Mentiras

Após o panelaço de abertura, o programa exibe o que considera graves mentiras da atual presidente, exibindo pronunciamentos que ela fez na tevê, dizendo por exemplo que a conta de luz ficaria mais barata, que não seria reeleita para arrochar salários, desempregar e tirar direitos do trabalhador e que a inflação estaria sob controle. Após esses tópicos, com a imagem de Dilma ao fundo, o apresentador destaca que a inflação este ano deve passar dos 8%, a maior desde 2003, e que assim que foi reeleita a petista aumentou os impostos, os juros, a gasolina, os remédios e a conta de luz em até 50%. "Dilma cortou pela metade os investimentos em saúde e educação e cortou também o seguro-desemprego."

O PSDB critica também, em sua peça publicitária, o fraco crescimento da economia. E exibe novamente imagens de Dilma na tevê dizendo que todos os que investiram na Petrobras vão ganhar muito dinheiro. E o apresentador rebate: "Hoje, a própria Petrobras reconhece que o prejuízo com a corrupção e com a má gestão da empresa superou R$ 50 bilhões". E alfineta: "Mentir é errado... E se quem faz tudo isso é a presidente de um País é mais errado ainda. Para se manter no poder, Dilma e o PT decidiram ocultar dos brasileiros a verdadeira situação do País."

O novo slogan da sigla, "Oposição a favor do Brasil", é exibido em destaque no decorrer do programa tucano. E sempre aliado a críticas à gestão petista no poder. Em um dos trechos o apresentador diz que não é justo que as pessoas, as empresas e principalmente as famílias mais pobres tenham de pagar a conta de problemas que elas não criaram. Em outro, lembra que, enquanto o País atravessa a grave crise, a gestão petista continua pagando salários todo mês para milhares de apadrinhados políticos. "Contra um governo que é a favor de um partido, uma oposição que é a favor do Brasil", reitera.

Direitos e benefícios

Além de FHC e Aécio, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, deputado Carlos Sampaio (SP), aparece falando que o desemprego, que este mês chegou a 8%, vai continuar subindo. "E justo agora quando milhares de pessoas perdem o trabalho, o PT e seus aliados decidem reduzir o seguro-desemprego. Chega, quem tem de pagar pelos erros do governo não é você, é o governo." Após a fala do líder tucano na Câmara, aparece uma cena de uma família na chuva, à noite, com o locutor dizendo que no momento em que a economia está parando, os preços subindo e o desemprego aumentando, o governo corta justamente direitos e benefícios. Neste momento, aparece uma mão arrancando o guarda chuva que abrigava a família, numa alusão ao fato de que o governo petista, que sempre prezou o social, está deixando a população desprotegida.

O PSDB traz ainda o depoimento de pessoas dizendo que não consideram justo ter de pagar a conta dos erros cometidos pela gestão petista. Após o depoimento de pessoas que se dizem revoltadas com o atual cenário, o apresentador do programa diz que o governo quer cortar apenas o cafezinho, enquanto as empresas já cortam milhares de empregos. E continua: "Enquanto o governo diminui o número de fotocópias, as famílias já diminuem a quantidade da comida que compram, enquanto o governo economiza muito pouco, o comércio vê as vendas caírem e o lucro desaparecer."

O líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), também aparece na peça publicitária dizendo que o País tem saída e que ela depende da vontade de todos resistirem juntos e exigir que o governo faça o que é certo. "porque é assim que toda grande mudança começa, quando alguém tem coragem de dizer, chega, basta."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)