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Estado de Minas

Michel Temer deve acelerar partilha do segundo escalão


postado em 26/04/2015 06:00 / atualizado em 26/04/2015 08:23

Brasília – Após retornar de Lisboa, o vice-presidente Michel Temer vai acelerar, a partir desta semana, a divisão dos cargos no segundo e terceiro escalões. Dos 22,6 mil cargos comissionados do governo federal, cerca de 4,8 mil — aqueles com os salários mais altos — são destinados às negociações políticas. A equação é complexa, mas, financeiramente, vantajosa. Em 2015, as estatais terão investimentos previstos de R$ 105,5 bilhões. Um número atraente, mesmo diante da possibilidade de contingenciamento para que o governo cumpra as metas de ajuste fiscal.

E o ajuste anda mais próximo da negociação do que se imagina. As conversas terão de ganhar um ritmo acelerado ao longo da próxima semana, para que o governo consiga a fidelidade da base aliada no Congresso para aprovar, ao longo do próximo mês, as duas medidas provisórias que alteram direitos trabalhistas e previdenciários.

Temer, auxiliado por Eliseu Padilha (ministro da Secretaria Nacional de Aviação Civil) e Ricardo Berzoini (ministro das Comunicações), terá de superar outro desafio. O processo de distribuição dos cargos aos aliados costuma ser modorrento no governo Dilma Rousseff. A presidente, pouco afeita às conversas políticas, demora a tomar decisões.

Nas agências reguladoras, dos 26 cargos de diretoria, 10 estão sendo ocupados de maneira interina ou estão, simplesmente, vagos. Nos tribunais superiores, também existem vagas à espera de nomeação. Dilma ainda tornou-se mais cautelosa após a Operação Lava-Jato, já que as denúncias de corrupção na Petrobras, apesar de envolverem diretores — Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque — de carreira, mostram que estes foram apadrinhados por políticos e legendas partidárias, e serviram como instrumento de financiamento eleitoral suspeito para candidatos de diversas agremiações.

Alguns cargos não serão mexidos. A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), presidida por Elmo Vaz, dificilmente trocará de mãos. Ele é afilhado político do ministro da Defesa, Jaques Wagner. Outro que deve emplacar afilhado é o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na presidência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O PMDB deve herdar a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), administrada hoje pelo PP.


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