Brasília, 14 - O jurista Luiz Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF) é uma "escolha acertada" do Palácio do Planalto, que "reflete os desafios sociais em jogo neste momento histórico". Essa é a avaliação do analista político Gabriel Petrus, ex-assessor da Casa Civil e ex-aluno do próprio Fachin na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
"Fachin é um jurista independente e, como professor titular da UFPR, formou gerações de advogados, juízes e pensadores do direito. Num momento em que a sociedade brasileira levanta debates para a ampliação dos direitos de quarta geração - das questões de gênero à participação política - sua visão crítica para temas sociais preenche um espaço importante nas discussões jurídicas do país", comentou Petrus.
"É luz e ar no STF. Escolha acertada da presidente Dilma que reflete os desafios sociais em jogo neste momento histórico", disse o ex-aluno de Fachin, com quem teve aulas sobre direito civil na UFPR em 2009.
O nome de Fachin foi confirmado oficialmente em nota às 20h23 pela Presidência da República, depois de audiência do jurista com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Dilma havia se reunido antes com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). Confrontado com uma série de retaliações da base aliada, o Planalto sabe que qualquer nome que viesse a ser indicado dependeria do aval prévio de Renan.
Antes da oficialização da indicação, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) disse que, por parte do PMDB, "não há nenhuma objeção" ao nome de Fachin. Os dois se reuniram na semana passada.
"Não diria (
que ele
) fez campanha, ele (
me
) visitou. Como é que eu vou votar, encaminhar favoravelmente, sem sequer conhecê-lo? Ele veio, demonstrou muita capacidade, o currículo dele fala por ele", afirmou o senador.