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Estado de Minas

Polícia Federal quer mais tempo para investigar políticos envolvidos na Lava-Jato


postado em 14/04/2015 06:00 / atualizado em 14/04/2015 07:33

Collor se recusa a explicar publicamente os depósitos recebidos de Youssef (foto: Marcos Oliveria/Agência Senado - 9/3/15)
Collor se recusa a explicar publicamente os depósitos recebidos de Youssef (foto: Marcos Oliveria/Agência Senado - 9/3/15)

A Polícia Federal pediu mais prazo para investigar senadores e deputados suspeitos de terem recebido propina no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Os investigadores da Lava-Jato solicitaram ainda realização de diligências para o caso do senador Fernando Collor (PTB-AL), que recebeu depósitos do doleiro Alberto Youssef, mas se recusa a explicar publicamente o motivo das movimentações.

Em outros 15 inquéritos, os policiais pediram mais prazo para investigar 13 parlamentares: Renan Calheiros (PMDB-AL), Lindbergh Farias (PT-RJ), Antônio Anastasia (PSDB), Humberto Costa (PT-PE), Valdir Raupp (PMDB-RO), Benedito de Lira, Aníbal Gomes (PMDB-CE), Simão Sessim (PP-RJ), João Pizzolatti (PP-SC), Roberto Teixeira (PP-SC), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Arthur Lira (PP-AL).

Repasses

Zulu, Sagaz, Luiz Portela e Enoise, quatro produtoras de filmes que, segundo a PF, foram usadas para repassar dinheiro para empresas de fachada do ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), receberam R$ 2,6 milhões entre 2011 e 2015. Os dados foram apresentados nessa segunda-feira (13) pelo Ministério da Saúde e representam 2% dos R$ 123,7 milhões que a contratada principal, a Borghi Lowe, recebeu no período. Segundo a PF, que prendeu o ex-diretor da agência Ricardo Hoffman, o dinheiro seguia da agência para as subcontratadas. De lá, saía o bônus de volume, comissão da LSI e da Limiar, firmas de fachada controladas pelo ex-deputado e seus irmãos.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que não existe “nenhum indicativo” de participação de funcionários da pasta nas negociatas relatadas pela polícia. Apesar disso, abriu uma sindicância para apurar o caso em 30 dias. Ele afirmou que a Borghi Lowe foi contratada no último dia do governo Lula, em 31 de dezembro de 2010, na gestão do ministro José Gomes Temporão, do PMDB.

Na ocasião, foram contratadas a Borghi, a Propeg, a Agnelo Pacheco e a Kalia. Além dos R$ 2,6 milhões pagos pelo grupo de subcontratadas à agência de Hoffman, a Zulu prestou R$ 320 mil em serviços para a Propeg. Procurada nessa segunda-feira, a advogada de Vargas, Nicole Trauczynski, disse que só poderia atender a reportagem nesta terça-feira.

Contratos suspensos


A Caixa Econômica Federal informou nesssa segunda-feira que suspendeu os pagamentos de serviços prestados às empresas IT7 e Borghi/Lowe e não contratará os serviços dos dois fornecedores investigados na Operação Lava Jato, até que sejam concluídas as investigações. Na sexta-feira, a PF deflagrou uma nova fase da Operação Lava-Jato. Os contratos sob suspeita teriam favorecido o ex-deputado André Vargas. O Ministério Público Federal recolheu provas em quatro supostos esquemas nos quais Vargas teria usado o cargo público para obter vantagens. Entre eles, contratos fictícios de publicidade e na área de tecnologia da Caixa.  


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