Com apenas 16 novatos, a bancada mineira, formada por 53 deputados federais que tomaram posse nesse domingo, em Brasília, está mais pulverizada em relação às filiações partidárias e é composta principalmente por empresários. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), 24 parlamentares de Minas Gerais têm empreendimentos e negócios como principal fonte de renda. Os integrantes da bancada são filiados a 21 partidos, contra as 16 legendas representadas por mineiros após as eleições de 2010. Cada uma das seis legendas acrescentadas à conta, que passarão a ter deputados na bancada mineira nesta legislatura – PRP, PTN, PSC, PHS, PTC e PMN – elegeu um representante.
Outro grupo que continuará com número expressivo de representantes nesta legislatura é a bancada evangélica. Apesar de o número de parlamentares evangélicos ter caído de 70 para 52 evangélicos, eles representam 10% de toda a Câmara. Segundo o levantamento do Diap, o número de evangélicos pode ser maior, uma vez que foram considerados apenas aqueles que ocupam cargos nas estruturas de instituições religiosas. O número alto de ruralistas e evangélicos faz com que o novo Congresso seja considerado mais conservador em relação às últimas legislaturas.
A bancada feminina cresceu pouco em relação à que tomou posse em 2011, passando de 45 deputadas para 51. O índice de renovação das parlamentares foi de 56%. Do grupo de deputadas que tomou posse ontem, 29 não atuaram na legislatura anterior. Nesta legislatura, as mulheres representarão 10% do Parlamento, índice considerado depcionante pela bancada feminina anterior, que esperava um reforço maior nos próximos quatro anos. A legislação estabelece que 30% das candidaturas sejam destinadas às mulheres, percentual ainda distante do resultado obtido pelas melhures nas urnas.