Pesquisa sobre as intenções de voto para governador em Minas Gerais, divulgada ontem pelo Instituto Sensus, mostra o candidato do PT, Fernando Pimentel, na frente da disputa, com 31,2% da preferência dos eleitores mineiros. O candidato do PSDB, Pimenta da Veiga, aparece na segunda colocação, com 22,2%. Apesar da vantagem do petista na corrida pelo Palácio Tiradentes, o levantamento aponta que, a apenas uma semana das eleições, grande parte dos eleitores ainda não definiu sua escolha: 39,7% dos entrevistados afirmaram que votarão em branco, nulo ou não souberam responder. O candidato do PSB, Tarcísio Delgado, está na terceira colocação, com 3,4% das intenções de voto. Eduardo Ferreira (PSDC) recebeu 1,3%; Túlio Lopes (PCB) e Fidélis Alcântara (PSOL), 0,9% cada; e Cleide Donária (PCO), 0,3%. Foram ouvidos 1,5 mil eleitores, em 53 cidades, entre os dias 21 e 26 deste mês. A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais e a confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada com o número MG00116/2014.
Em simulação de segundo turno entre Fernando Pimentel e Pimenta da Veiga, o petista venceria com 34,5% dos votos, contra 25,1% para o tucano. Neste cenário, o número de eleitores indecisos continua alto, com 40,3% dos entrevistados afirmando que votariam nulo, em branco, ou não souberam escolher.
Na avaliação de Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, o levantamento aponta para um cenário ainda indefinido, mesmo com a proximidade da eleição. “Percebemos uma disputa indefinida no momento, com um grande número de eleitores indecisos. Quase 40% de eleitores não definiram um candidato, um número muito alto para esse período já próximo da disputa quando comparado com as eleições passadas, em que cerca de 15% não tinham um candidato”, explica Guedes.
Ele ressalta que o alto número de indecisos se manteve desde o início da campanha eleitoral, em agosto, situação pouco comum nas últimas disputas. Dessa forma, a reta final ainda poderia trazer surpresas, caso o candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, consiga transferir votos para Pimenta da Veiga. Guedes analisa ainda que Pimentel tem crescimento limitado pela rejeição ao PT, ficando com a preferência de um terço do eleitorado. “É piso e é teto ao mesmo tempo”, avalia.