Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que o governo defende o controle econômico de redes de rádio e televisão. Segundo ele, jornais e revistas ficariam fora dessa regulação por não serem concessão pública. “Regulação de mídia pode ser feito para rádio e televisão, porque são concessões. Mas não se aplica à imprensa escrita e internet.”
O ministro iniciou nesta semana uma ofensiva para rebater a acusação de que a presidente Dilma Rousseff defende uma regulamentação da mídia que passe pela censura ao conteúdo dos veículos de comunicação.
A afirmação de Bernardo foi uma resposta ao pré-candidato candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, que disse, durante debate promovido pelo Estado e a agência Corpora Reputação Corporativa, na segunda-feira, que a proposta do PT de regulação da mídia é o mesmo que censura e uma ameaça à democracia. “É muito ruim isso que ele falou de que ameaça a democracia, a liberdade de expressão. Nós (governo) achamos isso um absurdo. É a mesma coisa de quando nos acusaram de estar promovendo a estratégia do medo”, comparou o ministro.