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Estado de Minas

Alberto Pinto Coelho assume governo com discurso de continuidade à gestão de Anastasia

Novo governador será empossado hoje em cerimônias na Assembleia Legislativa e no Palácio da Liberdade


postado em 04/04/2014 06:00 / atualizado em 04/04/2014 07:32

Alberto Pinto Coelho chega ao cargo de governador depois de uma longa experiência política. Além de vice, foi presidente da Assembleia por dois mandatos(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
Alberto Pinto Coelho chega ao cargo de governador depois de uma longa experiência política. Além de vice, foi presidente da Assembleia por dois mandatos (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)

Aos 68 anos, o vice- governador Alberto Pinto Coelho (PP) será empossado nesta sexta-feira, em substituição ao governador Antonio Anastasia (PSDB), que se desincompatibilizará do governo de Minas para concorrer ao Senado e dedicar-se à elaboração da plataforma programática que será apresentada pelo senador Aécio Neves (PSDB) em sua campanha ao Palácio do Planalto. Às 10h, Alberto Pinto Coelho tomará posse na Assembleia Legislativa e ao meio-dia haverá a transmissão do cargo, no Palácio da Liberdade. Politicamente, a posse de Alberto Pinto Coelho sela um acordo entre os partidos da base tucana no estado, que prevê a presença de Dinis Pinheiro (PP), presidente da Assembleia Legislativa, como vice na chapa majoritária encabeçada por Pimenta da Veiga (PSDB).

Foi pelas mãos do ex-ministro José Aparecido de Oliveira que o administrador de empresas Alberto Pinto Coelho, nascido na pequena cidade de Serra Verde, em Goiás, mas criado em Minas Gerais, entrou para a política. Filiou-se ao PPB em 1993 – que 10 anos depois se transformaria no PP – já planejando concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa. Tinha 49 anos quando, em 1994, se elegeu deputado estadual. Ali encerrava a carreira técnica, construída ao longo de 27 anos em cargos de gerência, como na extinta Telecomunicações de Minas Gerais (Telemig), que foi operadora do grupo Telebrás em Minas até a sua privatização, em 1998. Já em seu primeiro mandato, revelou-se bom articulador político, conciliador, homem de diálogo, características que, por quatro mandatos legislativos consecutivos, o levariam à liderança do governo Itamar Franco (PMDB), depois do governo Aécio Neves (PSDB) e, em 2007, à presidência da Assembleia Legislativa por dois mandatos consecutivos.

Alberto Pinto Coelho sempre manteve boa interlocução política com todos os partidos e deputados estaduais, mesmo os da oposição ao governo do estado, do qual integrava a base. Pela sustentação que deu ao Palácio da Liberdade na Assembleia, em sintonia com o secretário de Governo Danilo de Castro para aprovação das matérias de interesse do executivo, Alberto Pinto Coelho saltou da presidência do Legislativo, em 2010, para a chapa majoritária do então candidato à reeleição ao governo de Minas, Antonio Anastasia. Os democratas, que pleito após pleito encolhiam a sua bancada e que em 2002 haviam indicado o candidato a vice na chapa de Aécio Neves (PSDB) ao governo de Minas, perdiam em definitivo para o PP a posição de segundo maior partido de sustentação dos tucanos no estado.

Ao mesmo tempo em que o PP integrava o governo tucano em Minas, no plano nacional, participava da sustentação ao governo Dilma Rousseff (PT). Em 2010, na balança nacional da legenda, o PP mineiro fazia o “contrapeso” para evitar que o partido formalizasse apoio à petista naquelas eleições. Conseguiu a neutralidade e, nos estados, a independência para apoiar os candidatos de acordo com as realidades políticas regionais. Nessa mesma toada, o PP segue nas eleições de 5 de outubro de 2014.

Como vice-governador, Alberto Pinto Coelho presidiu oito comitês temáticos, entre eles, o comitê de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e trabalhou em agendas administrativas, institucionais e de representação externa. Coordenou vários projetos, entre eles, o do Rodoanel e do novo Parque da Gameleira. Sempre discreto, articulou e trabalhou politicamente, ao lado do presidente da Assembleia Dinis Pinheiro (ex-PSDB, agora PP), aliado de primeira hora, pela governabilidade. Em articulação com o Legislativo, Alberto Pinto Coelho também atuou em várias questões importantes para o governo de Minas, como no lançamento do movimento da renegociação das dívidas dos estados com a União, que ganhou corpo nacional. O debate segue no Congresso.

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


Manifestação na Assembleia


Centenas de professores e outros profissionais da educação ocuparam nessa quinta-feira a Assembleia Legislativa de Minas Gerais para exigir uma reunião com o chefe do Executivo estadual sobre a derrubada da Lei Complementar 100/07 pelo Supremo Tribunal Federal. Liderado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), o grupo entrou por volta das 14 horas e até o início da noite de ontem não tinha hora pra sair. Pelas contas da assessoria da Assembleia, cerca de 600 pessoas estavam na manifestação, das quais a metade entrou, se dividindo no espaço do Hall da Rua Rodrigues Caldas e no salão que fica próximo ao plenário, que foi trancado. Os policiais legislativos fizeram barreiras para impedir o acesso dos professores aos gabinetes. O protesto foi por causa da ação direta de inconstitucionalidade que suspendeu os efeitos da lei que efetivou 88 mil pessoas sem concurso público na rede estadual de educação. O Sind-Ute cobra uma audiência com o governador, seja ele Antonio Anastasia (PSDB) ou Alberto Pinto Coelho (PP), que toma posse nesta sexta-feira. Eles prometem esperar a cerimônia que dará hoje pela manhã a titularidade do cargo ao vice. 


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