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Estado de Minas

PMDB corteja o PSB para uma aliança em conversa marcada para esta semana

Interesse em aproximação surgiu com as negativas do prefeito Marcio Lacerda em deixar a Prefeitura de BH para disputar o governo do estado


postado em 19/01/2014 00:12 / atualizado em 19/01/2014 08:33

(foto: Breno Pataro/OBH)
(foto: Breno Pataro/OBH)

Diante da possibilidade cada vez mais remota de o prefeito Marcio Lacerda deixar o comando da Prefeitura de Belo Horizonte para disputar o governo de Minas Gerais, o PSB já é sondado por outras legendas na busca de uma composição nas eleições de outubro. Nesta semana, a discussão política será com o PMDB – cada vez mais resistente a uma aliança com o PT. Na sexta-feira, o presidente estadual do PSB, Júlio Delgado, e o senador Clésio Andrade (PMDB) tiveram uma conversa pelo telefone, quando ficou acertada uma reunião em Belo Horizonte com os principais nomes dos dois partidos.

Júlio Delgado ressalta num primeiro momento que a intenção do PSB é lançar um candidato a governador, até para garantir um palanque forte no segundo colégio eleitoral do país para o presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Mas já admite que a legenda pode abrir mão de uma cabeça de chapa. “Temos vários caminhos. Pode ser que não tenhamos candidato, podemos participar de uma chapa majoritária”, alega o presidente do PSB, que também é deputado federal. “O Marcio Lacerda é o nosso candidato natural, mas ele diz que está envolvido em projetos da prefeitura”, completou.

E foi o que o prefeito da capital mineira voltou a repetir ontem, indagado sobre o assunto. “Fui eleito e reeleito e tenho muita coisa para fazer na prefeitura”, afirmou Lacerda, pouco antes de participar da apresentação da segunda etapa das obras do Hospital Metropolitano do Barreiro. A previsão é que em março do ano que vem seja inaugurado o setor de urgência e 70 leitos para internação, e em junho de 2016, toda a obra seja concluída.

Embora o PMDB faça parte do governo Dilma Rousseff (PT), inclusive com a indicação do vice Michel Temer (PMDB), peemedebistas não escondem a insatisfação com a perda de ministérios. Insatisfação essa registrada também em outros estados, como Minas Gerais. Esse fator aproxima o PMDB do PSB mineiro. Sondados para integrar a chapa encabeçada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), alguns peemedebistas batem o pé para uma candidatura própria. Um dos nomes mais cotados é o do senador Clésio Andrade.

“Se o PMDB nos chama, vamos conversar. O importante é garantir um palanque e espaço para Eduardo Campos em Minas Gerais”, alega Júlio Delgado. O caminho defendido pela maior estrela do partido em Minas, no entanto, é outro. Marcio Lacerda é a favor de que o PSB se alie ao PSDB, do senador Aécio Neves, seu principal padrinho político na chegada até a Prefeitura de Belo Horizonte. Mas ele lembrou que essa decisão cabe às direções estadual e nacional de seu partido.

Parcerias A expectativa é que as duas legendas estejam juntas em pelo menos 12 estados brasileiros, embora possivelmente Eduardo Campos e Aécio Neves se enfrentem nas urnas na tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. Pesa contra uma aliança em Minas o fato de a chapa majoritária já estar completa: o ex-ministro Pimenta da Veiga deve sair candidato a governador com a indicação do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), como vice. A vaga para senador seria disputada pelo atual governador, Antonio Anastasia.

Ainda que o PSB e o PSDB não estejam juntos, não significa um enfrentamento em Minas. “Nós podemos ter um candidato a governador sem ser oposição ao candidato do PSDB. Podemos nos apresentar como uma alternativa a mais para o povo de Minas”, explica Júlio Delgado. O mesmo valeria para a provável candidatura do PSB e do PSDB à Presidência da República.

ALIANÇA DESFEITA NO RIO

O diretório regional do PT no Rio de Janeiro aprovou oficialmente ontem o senador Lindbergh Farias como candidato ao governo do estado. Com o lançamento da candidatura própria, a direção fluminense do partido determinou que deixará o governo de Sérgio Cabral Filho (PMDB) em 28 de fevereiro. A homologação será feita em um encontro estadual, marcado para 22 de fevereiro. No dia seguinte, o PT convocará um ato no Centro do Rio para o lançamento oficial da candidatura. A decisão encerrou um longo processo de discussão. Desde o segundo semestre de 2013 o PT do Rio tentava marcar uma data para deixar o governo Cabral, sem sucesso devido a pressões do PT nacional e pedidos de adiamento feitos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o PT sairá da administração cerca de um mês antes da renúncia do próprio Cabral, que deve deixar o Palácio Guanabara no fim de março, possivelmente para concorrer ao Senado.


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