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Estado de Minas

Jacinto Lamas dará expediente em empresa de construção civil a partir de segunda

De acordo com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), Lamas está em um setor reservado, destinado aos presidiários com curso superior


postado em 18/01/2014 06:00 / atualizado em 18/01/2014 08:45

Brasília – Condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no processo do mensalão, o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas foi transferido do Complexo Penitenciário da Papuda para o Centro de Progressão Penal (CPP), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no fim da tarde de quinta-feira. Lamas, que cumprirá pena em regime semiaberto, deve iniciar, segunda-feira, o trabalho na sede da empresa de construção civil Mísula Engenharia. Ele trabalhará na área administrativa da companhia, com salário de R$ 1,2 mil, entre as 8h e as 18h.

De acordo com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), Lamas está em um setor reservado, destinado aos presidiários com curso superior, e não tem regalias em relação aos demais detentos. “É uma ala separada por divisórias, dentro do galpão em que ficam os presos. A infraestrutura é idêntica à fornecida aos outros presidiários, com as camas dispostas em treliches”, disse o órgão.

Lamas divide a ala com 19 condenados que cursaram faculdade. “O objetivo é proteger a integridade física dessas pessoas. Elas não podem ficar misturadas aos demais presidiários, pois estão mais expostas a extorsão e a achaques por parte dos detentos.”

O pedido de Lamas para cursar fisioterapia em uma instituição particular do DF enquanto cumpre pena foi negado. O juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP), argumentou que ele precisa cumprir pelo menos um sexto da pena para ter direito ao benefício.

A Sesipe também negou que Lamas esteja alojado no “puxadinho” que teria sido construído para receber os presos da Ação Penal 470. Conforme mostrado pelo Estado de Minas em setembro, o CPP teria reformado quatro celas de 9m² cada, em uma área administrativa do presídio. Entre as vantagens, elas contariam com piso de cerâmica, janelas, chuveiro quente e privada, além de fiação para instalação de televisores. “Não há ninguém detido ali hoje. No momento, aquela área abriga um paiol (para guardar armamentos) e um depósito de material de informática”, informou o governo.

CELULAR O secretário de Indústria, Comércio e Mineração do governo baiano, James Correia, revelou ter conversado ao telefone com José Dirceu enquanto o ex-ministro da Casa Civil cumpria pena na Papuda. A conversa teria ocorrido em 6 de janeiro, uma segunda-feira, por meio do telefone celular de um amigo que visitava Dirceu na ocasião. A comunicação por meio de celulares é considerada “falta grave” pela Lei de Execuções Penais, punível com um período na solitária. A mando do juiz Bruno Ribeiro, da VEP, a Sesipe instaurou processo administrativo para apurar o ocorrido. O resultado deve sair dentro de 30 dias.

O advogado de Dirceu, José Luis Oliveira Lima, divulgou nota na qual diz que a suposta conversa não existiu. No texto, Lima afirma que Dirceu “nega enfaticamente que tenha conversado por telefone celular com James Correia (...). Meu cliente afirma também que tampouco recebeu qualquer visita que tenha usado o telefone celular em sua presença no interior da Papuda, o que violaria as regras para visitas no presídio”. Ainda segundo a nota, Dirceu “estuda tomar medidas judiciais cabíveis para reparação da verdade no caso”. (Colaborou Suetoni Souto Maior)

Genoino quase livre da multa

O site criado por amigos e familiares do ex-deputado José Genoino com o objetivo de receber doações para pagar a multa de R$ 667,5 mil imposta ao petista por sua participação no esquema do mensalão arrecadou em oito dias R$ 628 mil. Segundo o coordenador do setorial jurídico do PT, Marco Aurélio Carvalho, há cheques ainda a serem compensados que podem elevar o total arrecadado para mais de R$ 650 mil. Mais de 1.100 pessoas fizeram doações que variam de R$ 10 a R$ 48 mil. O prazo para o pagamento da multa termina na segunda-feira. A Justiça atualizou de R$ 1,1 milhão para R$ 1,6 milhão o valor da multa do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP). Ele cumpre pena de sete anos e dois meses em regime semiaberto em presídio do Recife.


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