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Estado de Minas

PDT perde um terço dos deputados federais para novos partidos

Partido criado por Leonel Brizola perde um terço dos deputados federais para o PROS e o Solidariedade. Presidente da legenda em Minas Gerais diz que é hora de rever posições


postado em 08/10/2013 06:00 / atualizado em 08/10/2013 07:24

Mário Heringer diz que o principal culpado pela debandada foi o deputado Paulinho da Força, que levou deputados para o Solidariedade(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press 2/9/13)
Mário Heringer diz que o principal culpado pela debandada foi o deputado Paulinho da Força, que levou deputados para o Solidariedade (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press 2/9/13)
Quase 10 anos após a morte do ex-governador Leonel Brizola, o PDT, partido criado por ele, vive uma de suas maiores crises. A legenda perdeu nove deputados federais para os novatos Solidariedade e PROS com o encerramento, no sábado, do prazo de filiação partidária para quem pretende concorrer à eleição do ano que vem. A bancada na Câmara passou de 27 para 18 parlamentares. Com isso, a sigla entra no próximo pleito bem menor do que saiu do último, com aproximadamente um terço a menos de tempo de televisão e de fundo partidário.

Soma-se à debandada a disputa interna, que frequentemente se torna pública, entre os herdeiros de Brizola, capitaneados por Brizola Neto, e o presidente nacional da legenda, Carlos Luppi. Ambos foram ministros do trabalho do governo Dilma Rousseff (PT). A presidente, aliás, foi uma das fundadoras da legenda em 1980, permanecendo até 2001. Atualmente a pasta do Trabalho é comandada por outro pedetista histórico, Manoel Dias, fustigado por uma série de denúncias recentes em convênios firmados pela pasta. A legenda é a quinta do país em número de filiados, atrás de PMDB, PT, PP e PSDB.


Para o presidente estadual do PDT, deputado federal Mário Heringer, o partido terá que “rever posições e ressurgir”. Ele lembra que em 2002, a sigla elegeu 23 deputados federais, mas conta que depois do assédio de outras legendas, a bancada nas eleições de 2006 tinha apenas oito nomes, situação parecida com a de hoje. “Quando o Brizola morreu (2004), todo mundo disse que o partido não duraria mais um ano. Quase 10 anos depois, estamos fortes”, argumenta Heringer.


O principal culpado, segundo o presidente do PDT mineiro, foi o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força Sindical, que ao criar o Solidariedade levou com ele cinco deputados federais: Manato (ES), Marcos Medrado (BA), Sebastião Bala Rocha (AP), João Dado (SP) e Zé Silva (MG). O Solidariedade, aliás, tem agora uma bancada de 22 deputados, uma das 10 maiores da Casa. “Isso é comum. Toda véspera de eleição tem migração. Sempre arranjam uma janela ou porta para mudar”, minimiza Heringer.


Outra legenda recém-criada, o PROS, recebeu três ex-pedetistas: Dr. Jorge Silva (ES), Salvador Zimbaldi (SP) e Miro Teixeira (RJ), esse último já aparece como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. O PROS foi o segundo maior beneficiado, com 17 filiações, quatro delas do PSB, motivados pelo rompimento dos socialistas com o governo Dilma, já que a legenda criada por um ex-vereador de Catalão (GO) tende a apoiar o Planalto.


Minas


Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o PDT teve duas baixas. Saíram Tenente Lúcio – que foi para o PSB – e Gustavo Perrella, que aportou no Solidariedade. Da bancada original de cinco parlamentares, permanecem no PDT os deputados Alencar da Silveira, Sargento Rodrigues e Carlos Pimenta. Presidente do diretório de Belo Horizonte, Sargento Rodrigues minimiza o efeito da debandada na eleição do ano que vem, calculando que será possível eleger novamente cinco deputados estaduais. “A expectativa que temos, baseados em conversas com Luppi, é que teremos um crescimento em relação a última eleição”, aposta ele.


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