
Julgados de Teori, quando era ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mostram uma tendência a considerar o crime de formação de quadrilha somente se bem configurada a associação, de caráter permanente, entre os réus com o objetivo de praticar delitos. A defesa de alguns condenados tentará mostrar que houve uma tipificação equivocada por parte do STF. No julgamento do senador Ivo Cassol, em agosto, Teori e Barroso defenderam a absolvição do réu no crime de formação de quadrilha – entendimento que prevaleceu na Corte.
“Eles (Teori e Barroso) são os dois ministros com potencial para trazer novidades, já que a opinião do restante da composição da Corte é conhecida. Se levarmos em consideração que quatro ministros que votaram pela absolvição continuam no STF, as chances de modificações são elevadíssimas”, destaca o jurista Luiz Flávio Gomes. O ministro Dias Toffoli é outro que já se manifestou por penas mais brandas do que as aplicadas, durante uma discussão acalorada com o relator da primeira fase do processo, ministro Joaquim Barbosa, quando o plenário analisava o recurso apresentado por Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB.
