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Estado de Minas

Ministros novatos são fiéis da balança do julgamento do mensalão

Defesa dos réus do mensalão deposita esperanças nos dois magistrados que não participaram da primeira fase do julgamento


postado em 20/09/2013 06:00 / atualizado em 20/09/2013 07:29

Zavascki (E) e Barroso não participaram da primeira fase do julgamento(foto: GERVÁSIO BAPTISTA/SCO/STF)
Zavascki (E) e Barroso não participaram da primeira fase do julgamento (foto: GERVÁSIO BAPTISTA/SCO/STF)
Brasília – Embora qualquer ministro possa reavaliar o próprio posicionamento, diante dos embargos infringentes, a defesa dos réus do mensalão deposita esperanças nos dois magistrados que não participaram da primeira fase do julgamento. Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, apontados como os fiéis da balança na atual etapa, já externaram divergências em relação ao resultado da Ação Penal 470. Somado a isso, continuam na Corte quatro ministros que refutaram a existência de formação de quadrilha em parte dos casos julgados – Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Levandowski e Dias Toffoli. Na matemática dos votos, segundo a análise de advogados e juristas, é certa a alteração da sentença para os 12 réus que têm direito a um novo recurso, dos quais nove discutirão o crime de quadrilha.

“Mesmo sem o voto dos ministros Teori ou Barroso, o julgamento já se encaminhou para uma modificação. Digo, sem medo de errar, que haverá diminuição das penas”, afirma Flávio Pansieri, presidente do conselho fundador da Academia Brasileira de Direito Constitucional. A certeza vem das divergências que marcaram a fase de dosimetria da pena – alguns ministros defendendo tempo maior, outros alegando necessidade de fixar a punição mínima em face do caso concreto. Na análise dos embargos de declaração, Teori votou pela redução de penas de oito réus para o crime de formação de quadrilha .

Julgados de Teori, quando era ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mostram uma tendência a considerar o crime de formação de quadrilha somente se bem configurada a associação, de caráter permanente, entre os réus com o objetivo de praticar delitos. A defesa de alguns condenados tentará mostrar que houve uma tipificação equivocada por parte do STF. No julgamento do senador Ivo Cassol, em agosto, Teori e Barroso defenderam a absolvição do réu no crime de formação de quadrilha – entendimento que prevaleceu na Corte.

“Eles (Teori e Barroso) são os dois ministros com potencial para trazer novidades, já que a opinião do restante da composição da Corte é conhecida. Se levarmos em consideração que quatro ministros que votaram pela absolvição continuam no STF, as chances de modificações são elevadíssimas”, destaca o jurista Luiz Flávio Gomes. O ministro Dias Toffoli é outro que já se manifestou por penas mais brandas do que as aplicadas, durante uma discussão acalorada com o relator da primeira fase do processo, ministro Joaquim Barbosa, quando o plenário analisava o recurso apresentado por Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB.


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