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Estado de Minas

PSB constrói em Pernambuco a marca da arrogância, diz petebista

A declaração de um parlamentar do PTB foi uma reação a uma polêmica instalada por um membro da cúpula do PSB


postado em 09/09/2013 13:39 / atualizado em 09/09/2013 13:44

A declaração de um membro da cúpula do PSB na última semana de que o partido não teria mais “dívida” com o PTB incomodou o senador Armando Monteiro Neto e setores do PTB. A legenda trabalhista diz que não pretende responder e entrar na estratégia de “jogo de estresse” promovida pelo aliado para desestabilizar seu projeto eleitoral ao governo do estado nas eleições de 2014. “Se tem uma marca que o PSB está construindo em Pernambuco é a marca da arrogância. Os socialistas não interpretam o pulsar das ruas. O pulsar das ruas não é de arrogância”, rebateu um parlamentar do PTB em reserva.

Na avaliação do comando do PSB no estado, o senador Armando Monteiro Neto, que deseja disputar o governo de Pernambuco, também não teria o perfil para sobreviver à crise política e às pressões sociais vivenciadas no Brasil desde junho passado. Esse seria um dos motivos que vem mantendo Eduardo sem fazer gestos e sem dar esperanças de que Armando será seu candidato à sucessão. Ele tem dito a aliados que o senador “erra no timing” ao se colocar como pré-candidato antes de ver os desdobramentos do julgamento do Mensalão, que deve resultar em prisões de lideranças petistas, ou os reflexos dos protestos sociais.

“Eles acham que a política é uma construção unilateral. Esquecem que a política é uma via de mão-dupla. Este é um jogo para tentar estressar os aliados. Não vamos entrar nesta de ficar respondendo declarações em off. Uma coisa é certa: se Eduardo Campos for candidato à Presidência da República, Armando é o candidato do ex-presidente Lula e da presidente Dilma (ambos do PT) em Pernambuco. Não tem como mudar isto. Já é um fato consumado”, afirmou o mesmo petebista em reserva.

A fonte trabalhista, apesar de não falar em revanchismo, declarou, em tom de ameaça, que o domínio do PSB no estado pode estar por um fio. “Já vimos este filme em Pernambuco em outros carnavais. Houve uma época em que Marcos Freire (ex-senador do PMDB) era imbatível, que Roberto Magalhães (ex-prefeito e ex-governador, do DEM), era imbatível. Esta história de imbatível em Pernambuco não existe. Quem pesa assim pode se dar mal”, completou.

O senador Armando Monteiro Neto não quis comentar o assunto, apesar de se mostrar incomodado sobre as declarações. Ele argumentou que não repercutirá declarações em off. “São afirmações pequenas, de alguém sem compreensão do processo”. Além de destacar que a dívida com o PTB foi paga com o apoio de Eduardo Campos à candidatura de Armando ao Senado, os socialistas também relembram as eleições de 2006, na qual o trabalhista declarou apoio à candidatura do atual senador Humberto Costa (PT) ao governo do estado. E não a de Eduardo. Só no segundo turno que o PTB migrou ao palanque socialista. Esta, talvez, seja a tese para o possível rompimento das legendas no próximo ano.


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